Na Hipocrisia do mundo você se descobre,
e, se encontra, quando vive um grande amor
Vicente Alencar

quinta-feira, 14 de julho de 2022

14 de Julho de 2022 TROVAS PELO BRASIL

 TROVAS PELO BRASIL  

14 DE JULHO DE 2022

  

Maria-mole gigante

sonhou comendo, o doceiro...

Quando acordou, ofegante

- faltava-lhe o travesseiro!

(Pedro Ornellas/SP)

 

 

<<< Uma Trova Potiguar >>>

Este teu corpo de miss

deixa o meu coração tenso,

imagina, se eu te visse

daquele jeito que eu penso!

(Clarindo Batista/RN)

 

 

<<< Uma Trova Premiada >>>

2007 > Sete Lagoas/MG

Tema > CHAMA > Venc.

Mulher, o que é que te faz
ir cozinhar no vizinho?
- É que lá tem fogo a gás,
sobe a chama rapidinho...
(Alba Christina C. Netto/SP) 

 

 

<<< Uma Trova de Ademar >>>

Visita pra meter medo,

que nem vassoura adianta,

é aquela que chega cedo

e só sai depois que janta!

(Ademar Macedo/RN) 

 

 

<<< ...E Suas Trovas Ficaram >>>

Já diz o velho ditado,

que lenha verde e viúva,

com paciência e cuidado

pegam fogo até na chuva!...

(Aloísio Alves da Costa/CE)

 

 

<<< Simplesmente Poesia >>>

                  MOTE:

Bebo, fumo, jogo e danço,

sou perdido por mulher.

 

             GLOSA:

Vida longa não alcanço

na orgia e no prazer,

mas, enquanto eu não morrer,

bebo, fumo, jogo e danço.

Brinco, farreio e não canso,

me censure quem quiser,

enquanto vida eu tiver

cumprindo esta sina venho

e além dos vícios que tenho

sou perdido por mulher.

(Moysés Sesyom/RN) 

 

 

<<< Estrofe do Dia >>>

Lá em casa a crise é tanta

que eu nem sei como resisto,

a roupa que estou usando

é minha e do Evaristo,

quando em não visto, ele veste;

quando ele não veste, eu visto.

(Afonso Pequeno/PE)

 

 

<<< Soneto do Dia >>>

VISITA À CASA DA SOGRA.

 

                        – Luís Guimarães Júnior/RJ –

 

Como urubu que regressasse ao ninho,

a ver se ainda um bom caminho logra,

eu quis também rever a minha sogra,

o meu primeiro e virginal carinho.

 

Entrei. Pé ante pé, devagarzinho,

o fantasma, talvez, daquela cobra...

Tomou-me as mãos, olhou-me bem, de sobra...

E levou-me para dentro, de mansinho.

 

Era este quarto, oh! se me lembro, e quanto...

Em que, à luz da lua que brilhava,

o pau roncava forte, tanto e tanto,

 

no costado da gente, sem piedade,

um cacete bem grosso lá no canto...

Minhas costas choraram de saudade...


 

 

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