Quantos séculos sem fim verão este semblante
Ensimesmado, alheio, terno, amargo e doce;
Misteriosamente assim, como se fosse,
Em si, feliz e triste, tudo ao mesmo instante?!
Por que o ‘som do universo’ em seus lábios calou-se?
Por quais místicas eras vaga o olhar distante?
E essa aura angelical com malícia de amante,
Se no colo e cabelos nem enfeite trouxe?!
As mãos, na pose docemente descaída,
Denunciam, quem sabe, a faina de uma vida,
Ocupada em carícias... Ou mero desengano?
Para mim, no meu prisma de simples poeta,
O Gênio da Pintura idealizou por meta:
TECER UM VÉU ETERNO PARA O SONHO HUMANO.
Aquiraz-CE, 28 de janeiro de 2017
PAULO Fernando Torres VERAS
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