Na Hipocrisia do mundo você se descobre,
e, se encontra, quando vive um grande amor
Vicente Alencar

sexta-feira, 8 de março de 2019

Via Sacra em versos


VIA CRUCIS

Nosso Senhor dos Passos eu Vos peço
Acolhei este pobre penitente.
Humildemente, um pecador confesso,
De joelhos, caído em Vossa frente!

Suplico em nome da Sociedade
Por Políticas Públicas decentes.
Que as Leis se cumpram com fraternidade,
Protegendo os mais pobres e carentes.

ORAÇÃO INICIAL

Hoje, à Casa do Pai vimos contritos,
Para fazermos, juntos, penitência.
Que em nosso mundo de crise e conflitos,
Prevaleçam a Paz e a Consciência.

Possamos, pois, nosso Jesus Clemente,
Seguir convosco nesta Via atroz.
Na Cruz que carregais, injustamente,
Vão as culpas de cada um de nós!

Que o sentir n’alma a dor de tais suplícios,
Aumente a nossa Fé e a Devoção,
E nos conceda, mais, por benefícios:
Receber e também dar o perdão!



(I ESTAÇÃO: JESUS É CONDENADO)
                   (Leitor A)
Na cruz da humilhação e tantas dores,
Vosso Sangue redime os pecadores.
                   (Narrador)
Jesus, o sumo bem, é aqui julgado!
Com falsos testemunhos, previamente,
Por Doutores da Lei já condenado.
No Pretório Romano deprimente,
Submete-se ao jugo de Pilatos,
Que não encontra dolo nos seus atos.
Lavando as mãos na torpe leniência,
Manda o fraco juiz que se flagele
O justo para que sua inocência
Na coroa de espinhos se revele!
Porém, regida pelo Satanás,
A turba grita: solta Barrabás!!! 
                   (Suplicante)
Diante da injustiça e da mentira,
Guardastes o silêncio majestoso;
No olhar, a compaixão em vez da ira.
No sofrimento imenso achaste gozo!
Que Vosso exemplo possa nos unir
Na sublime missão de Vos seguir.
(Todos)
Ajuda-nos, Senhor, a caminhar Contigo.
A Tua Santa Palavra seja o nosso abrigo.
E que hoje na Justiça se encontre a Verdade.
Nas Políticas Públicas, fraternidade.
                   (Leitor B)                                            
Salvais o mundo com Vossa Paixão.
É Vossa cruz nossa ressurreição.


(II ESTAÇÃO: JESUS CARREGA A CRUZ)
                   (Leitor A)
Na cruz da humilhação e tantas dores,
Vosso Sangue redime os pecadores.
                   (Narrador)
Negado já três vezes pelo amigo,
Entregue à multidão de malfeitores,
Segue Jesus, levando, só consigo,
O madeiro pesado dos horrores.
Nas costas maceradas de feridas,
Carrega a redenção de tantas vidas!
         Na tenebrosa via do Calvário,
Cada pedra pisada é uma conta,
Que pacientemente em seu rosário
O Cristo reza, enquanto o céu lhe aponta,
O íngreme percurso a ser seguido,
Para ter o Seu povo redimido.
                   (Suplicante)
Vem, Oh! Divino Mestre, me instruir
A carregar a cruz da minha lida,
Na sublime missão de Vos seguir,
Nesse caminho que é Verdade e Vida.
Sem reclamar, meu Deus, de sofrimento,
Com vãs lamúrias a cada momento!
                   (Todos)
Não permitas Senhor que eu venha a Te negar.
Porém, dá-me coragem de contigo andar.
E como Cidadão lutar pelo Direito,
Cuidar do bem-comum com zelo e mais respeito.
                   (Leitor B)
Salvais o mundo com Vossa Paixão.
É Vossa cruz nossa ressurreição.



(III ESTAÇÃO: JESUS CAI PELA PRIMEIRA VEZ)
                   (Leitor A)  
Na cruz da humilhação e tantas dores,
Vosso Sangue redime os pecadores.
                   (Narrador)
Suor e sede, um longo padecer...
Vai tangido, qual bruto, a chicotada,
O sangue faz Sua vista escurecer,
Cambaleando por tão tosca estrada.
E enquanto Dele muita gente ria,
Pela primeira vez, Jesus caía.
Sob o peso da cruz, a queda traz
Escárnio, maldição e mais açoite.
Pois as ordens do bronco capataz 
São pra entregá-lo à morte antes da noite.
Pregando nessa cruz com grosso cravo,
A quem por fino amor se fez escravo!
                   (Suplicante)
Que os joelhos divinos tão feridos
Nos façam nesse instante meditar
Quantas vezes ficamos esquecidos
Do simples gesto de se ajoelhar!
Pela preguiça, pela ingratidão,
Imploramos Senhor Vosso perdão.
                   (Todos)
O Santo de Deus cai, ao peso dos pecados.
Pelos Seus sofrimentos nós somos culpados.
Pela injustiça, falta de amor, de equidade...
Padecem os irmãos sem ter Fraternidade.
                   (Leitor B)
Salvais o mundo com Vossa Paixão.
É Vossa cruz nossa ressurreição.



(IV ESTAÇÃO: JESUS ENCONTRA SUA MÃE)
                   (Leitor A)
Na cruz da humilhação e tantas dores,
Vosso Sangue redime os pecadores.
                   (Narrador)
Jesus suspende o lenho e segue manso,
Sob os gritos da turba que se agita.
Em meio à multidão sente um remanso,
Num coração que por ele palpita.
O mesmo consolo abre-lhe a ferida,
No olhar de amor e dor da mãe querida.
Oh! Maria, mil vezes venturosa,
A Santa Mãe de Deus, mil vezes santa,
Vemos-te, agora, a Mater dolorosa,
Sofrendo a dor que a toda dor suplanta,
Ao ver Seu filho, suprema bondade,
Entregue a mais cruel iniquidade!
                  (Suplicante)
Com Vosso amor incondicional,
Acolhei-nos, Maria, com carinho,
Nas aflições e tentações do mal.
Mostrai-nos, Santa Mãe, o bom caminho.
O que sempre seguistes com Jesus,
Da manjedoura até aqui na cruz.
                   (Todos)
Oh! Virgem Santa, Mãe do Filho sem pecados,
Ampara as pobres mães de filhos desgarrados.
E os pobres excluídos da Sociedade,
Que sejam acolhidos com Fraternidade.                                             
                   (Leitor B)
Salvais o mundo com Vossa Paixão.
É Vossa cruz nossa ressurreição.



(V ESTAÇÃO: O CIRENEU AJUDA A CARREGAR A CRUZ)
                   (Leitor A)
Na cruz da humilhação e tantas dores,
Vosso Sangue redime os pecadores.
                   (Narrador)
De Jesus se exaurindo a cada passo
O que restou da sua força humana,
Juntam-se a sede, a fome, a dor, o cansaço,
Às tantas chagas donde o sangue emana...
A vítima estanca malparada,
Não responde nem mais a chicotada.
Mas, morte de cruz tem seu ritual.
O fúnebre cortejo há de seguir,
Encontre-se alguém por bem ou mal,
Que possa com o justo repartir
O peso enorme dessa maldição!
Cabendo a carga ao Cireneu Simão.  
                   (Suplicante)
Pobre Cristo deixai que eu Vos ajude,
Suspendendo essa cruz que tanto oprime.
Tomando, junto a Vós, nova atitude,
Que eu possa abominar tudo o que é crime,
E me compadecer de irmãos caídos,
Na figura dos Cristos excluídos.
                   (Todos)
Mesmo sem ter, Senhor, qualquer merecimento,
Que eu possa socorrer irmãos no sofrimento.
Enfim, Paz e Justiça sejam bens comuns.
Os Direitos de todos e não só de alguns.
                   (Leitor B)  
Salvais o mundo com Vossa Paixão.
É Vossa cruz nossa ressurreição.



(VI ESTAÇÃO: VERÔNICA LIMPA O ROSTO DE JESUS)
                   (Leitor A)
Na cruz da humilhação e tantas dores,
Vosso Sangue redime os pecadores.
                   (Narrador)
Desfigurado o rosto de Jesus,
Pelo sangue e suor todo tisnado,
Caminha lento, carregando a cruz,
Para o suplício a que foi destinado.
No meio da aflição que ali perdura,
Uma suave pausa de ternura.
Contrastando co’o clima horrendo e tenso,
Uma mulher do povo, com carinho,
Enxuga a Santa face com seu lenço,
E sai contrita, bem devagarinho...
Em prêmio ao gesto de amor tão ousado,
Jesus deixou Seu rosto ali estampado.
(Suplicante)
Conquistando Verônica o troféu, 
Por seu ato de fé tão desmedido,
Assegurou assento lá no céu!
Que eu também, meu Senhor, seja incluído
Aos que movidos pela piedade
Praticam com amor a caridade.
                   (Todos)
Vossa imagem real, Cristo, podemos ver
Em cada ser humano que vive a sofrer...
No cidadão humilde e bom trabalhador,
Da justiça dos homens vemos um credor.
                   (Leitor B)
Salvais o mundo com Vossa Paixão.
É vossa cruz nossa ressurreição.



(VII ESTAÇÃO: JESUS CAI PELA SEGUNDA VEZ)
                   (Leitor A)
Na cruz da humilhação e tantas dores,
Vosso Sangue redime os pecadores.
                   (Narrador)
Metade do caminho falta ainda
E pela dor, Jesus quase vencido,
Vai palmilhando aquela estrada infinda,
Destinada por lei só a bandido.
Por decisão infame de “Doutores
Da Lei”, que se tornaram traidores.
Segue o cortejo aos gritos da tortura,
Com agressão nefanda e monstruosa,
Aplicada à mais doce criatura,
Mais doce, amável, pura e venturosa!
A turba ri da própria insensatez,
Jesus caiu pela segunda vez.
                   (Suplicante)
Ensinai-nos, bom Mestre, essa lição,
De persistir com fé na caminhada,
E após cair retomar a missão,
Pelos planos de Deus, determinada.
Pois, é ‘passagem’ a vida presente,
Para o viver com Deus, eternamente.
                   (Todos)
Caído ainda estás, meu Cristo, no momento,
No pobre injustiçado que morre ao relento.
E enquanto as más Políticas Públicas vão
Distribuindo bens pra uns, pra outros, não!
                   (Leitor B)
Salvais o mundo com Vossa Paixão.
É Vossa cruz nossa ressurreição.



(VIII ESTAÇÃO: ENCONTRO COM AS MULHERES DE JERUSALÉM)
                   (Leitor A)
Na cruz da humilhação e tantas dores,
Vosso Sangue redime os pecadores.
                   (Narrador)
Seguindo junto ao povo zombeteiro,
Vão também as mulheres piedosas.
Que por prestar-Lhe o culto derradeiro,
Batem no peito, todas ansiosas!
Jesus as adverte num ‘porém’:
- Lamentai, antes, por Jerusalém...
- Não por mim. Chorai por vossos rebentos.
E lhes narrava uma amarga profecia,
Que a culpa dos iníquos sofrimentos
Sobre Jerusalém recairia...
- Se o lenho verde é assim tão maltratado,
O que eles não farão ao ressecado?!
                   (Suplicante)
Perdoai-nos, Senhor. Tende clemência.
Que os crimes cruéis da humanidade
Não recaiam na nossa descendência.
Mas, amem nossos filhos a Verdade,
E levem nas futuras gerações
A Vossa Paz pra todas as nações.
                   (Todos)
Não fosse o infindo amor do Vosso Pai Eterno,
Quem estaria livre do fogo do inferno!?
Perdida já estaria toda a Humanidade,
Não fora uma esperança na Fraternidade.
                   (Leitor B)
Salvais o mundo com Vossa Paixão.
É Vossa cruz nossa ressurreição.



(IX ESTAÇÃO: JESUS CAI PELA TERCEIRA VEZ)
                   (Leitor A)
Na cruz da humilhação e tantas dores,
Vosso Sangue redime os pecadores.
                   (Narrador)
Já está à vista o topo do Calvário.
Os dois ladrões, com menos dor, embora,
Também aguardam no mesmo fadário...
Aproxima-se, enfim, terrível hora!
O corpo todo na exaustão faliu.
Pela terceira vez Jesus caiu.
Os carrascos aviam ferramentas,
Contando os cravos grossos, a marreta...
Nas expressões ferozes e nojentas,
Mais parecem agentes do capeta.
No deserto, Satã tentara, em vão.
Agora, aqui, já se arma em tentação!
(Suplicante)
Ensinai-me, Jesus, a resistir
Às tentações da gula e do poder.
A não renunciar de Vos servir,
Pela efemeridade do prazer.
Que eu use os bens e dons que Deus me deu
Sem o egoísmo do proveito meu.
                   (Todos)
Infunde-nos, Jesus, a fé mais decidida
Para imitar em nossa vida a Vossa Vida.
E que em vez da má-fé, da desonestidade,
Levem os bons Políticos a Tua Verdade.
                  (Leitor B)
Salvais o mundo com Vossa Paixão.
É Vossa cruz nossa ressurreição.



(X ESTAÇÃO: JESUS É DESPOJADO DAS VESTES)
                   (Leitor A)
Na cruz da humilhação e tantas dores,
Vosso Sangue redime os pecadores.
                   (Narrador)
O pudor, para um homem casto e puro,
Tem, por certo, valor imensurável!
Pois, Jesus sofre agora o golpe duro
Da pública nudez abominável.
Seu vestuário todo é saqueado,
E posto à sorte num jogo de dado.
Pobre Cristo nu! Cora, constrangido,
Frente às santas pessoas mais queridas!
Na desonra, a mostrar-se ali despido,
Coberto apenas por sangue e feridas...
Tamanha dor e tanta humilhação,
Para pagar a nossa salvação!
(Suplicante)
Perdoai-nos, Jesus, a iniquidade
Ao privarmos os pobres de decência,
Das vestimentas da dignidade,
Ou do conhecimento da Ciência.
Para nossa nudez de compaixão,
Imploramos Senhor Vosso perdão.
                   (Todos)
Que a Tua humilhação nos faça avaliar
A imensidão de amor que Te devemos dar.
E muitos governantes maus, despudorados,
Venham a ser punidos e recuperados.
                   (Leitor B)
Salvais o mundo com Vossa Paixão.
É Vossa cruz nossa ressurreição.



(XI ESTAÇÃO: JESUS É PREGADO NA CRUZ)
                   (Leitor A)
Na cruz da humilhação e tantas dores,
Vosso Sangue redime os pecadores.
                   (Narrador)
As batidas sinistras do martelo
Os gemidos do justo transpassado,
A dor universal, em paralelo,
Denunciam Jesus crucificado!
Oh! Céus e terra tremam de agonia.
Que o luto cubra a infâmia deste dia!
Nas tenebrosas trevas do momento,
Jesus, com os ladrões dialogando,
Dimas, humilde, no arrependimento,
Foi logo o paraíso assegurando.
Pois nem na cruz Jesus foge à missão,
De oferecer às almas remissão.
(Suplicante)
Aproveitando os últimos momentos,
Instituístes bom Jesus, ainda,
Dentre os Vossos divinos sacramentos,
Uma adoção de amor, sublime e linda.
Que Vossa Mãe e João, na eternidade,
Formem família com a humanidade!
                   (Todos)
Imploremos irmãos, pelo perdão de Deus;
Para os religiosos e para os ateus.
Se unidos, todos nós, dermos enfim as mãos,
Levaremos ao mundo a Lei dos bons cristãos.
                   (Leitor B)
Salvais o mundo com Vossa Paixão.
É Vossa cruz nossa ressurreição.



(XII ESTAÇÃO: JESUS MORRE NA CRUZ)
                   (Leitor A)
Na cruz da humilhação e tantas dores,
Vosso Sangue redime os pecadores.
                   (Narrador)
Tenho sede! Jesus agonizante
Tem sede d’água, e muito mais de amor...
Mas, em resposta dão-lhe o horripilante
E azedo vinho, com desprezo e horror.
O cálice de dor transborda, e então,
Cristo na cruz conclui Sua missão!
         Com os olhos fixados no infinito,
         Sua cabeça nos ombros lassos cai.
         O suspiro final vem com um grito.
         O Filho entrega o Espírito ao Pai!
         A terra treme, o sol se apaga, e até
         O centurião fez seu ato de fé...
                   (Suplicante)                                                                          
Santo Cristo misericordioso,
Que para nos livrar do eterno mal,
Lavou com o Seu Sangue precioso,
Desde o nosso pecado original,
Piedade de nós. Senhor, perdão
Pela nossa tão grande ingratidão.
                   (Todos)
Concedei-nos, Senhor, divino benefício:
Rever na Eucaristia o Vosso sacrifício!
E seguir com os irmãos em plena liberdade,
Numa feliz Campanha de Fraternidade.
(Leitor B)
Salvais o mundo com Vossa Paixão.
É Vossa cruz nossa ressurreição.



(XIII ESTAÇÃO: O CORPO DE JESUS É TIRADO DA CRUZ)
                   (Leitor A)
Na cruz da humilhação e tantas dores,
Vosso Sangue redime os pecadores.
                   (Narrador)
Os soldados cruéis e os maus doutores
Retiram-se de cena com a ralé...
Em volta à cruz ficaram benfeitores
E os seguidores mais fiéis da fé.
Mulheres santas fazendo oração,
José de Arimateia e o amável João.
         Sintetizando a dor da humanidade,
         Piedosíssima Mãe beija a ferida
Do coração que ao Seu fez unidade,
Pulsando, juntos, a canção da vida...
Entregues são, agora, às mãos de Deus,
Como oblação à paz dos filhos Seus.
(Suplicante)
Maria, sem pecado concebida,
Pelo Espírito Santo fecundada,
Para ser o sacrário da vida,
Ao coração do Filho confiada!
Que a Vossa dor com resignação,
Aos que mais sofrem dê consolação.
(Todos)
Do velho Simeão, aquela profecia
Da espada transpassada, hoje viveu Maria!
 (Leitor B)
Salvais o mundo com Vossa Paixão.
É Vossa cruz nossa ressurreição.



(XIV ESTAÇÃO: JESUS É SEPULTADO)
                   (Leitor A)
Na cruz da humilhação e tantas dores,
Vosso Sangue redime os pecadores.
                   (Narrador)
O príncipe das trevas Satanás,
Com toda a corte dos seus seguidores,
A começar do velho Caifás,
Perversos sacerdotes e os doutores,
Vendo, por fim, Jesus já sepultado,
Festejavam o Cristo derrotado!
Chorando a falta do seu protetor,
Que sempre lhes falava ao coração,
Discípulos do bem, sem seu Pastor,
         Temerosos, e com justa razão,            
         Escondem-se da fúria dos judeus,
         Que mataram até o Filho de Deus!
(Suplicante)
Que o discípulo João, por ele amado,
A quem coube a dulcíssima missão,
De ter a Mãe de Deus sempre ao seu lado,
E ser no amor de Cristo nosso irmão,
Mantenha a fé no Mestre e confiante
Siga animando a Igreja iniciante! 
(Todos)
Aos infernos dos mortos descido... Em três dias,
O Cristo cumprirá as sagradas profecias!
                   (Leitor B)
Salvais o mundo com Vossa Paixão.
É Vossa cruz nossa ressurreição.



(XV ESTAÇÃO: JESUS RESSUSCITADO. ALELUIA)
                   (Leitor A)
Caiu por terra a cruz da humilhação.
Cristo ressurreto! Eis a Salvação!
                   (Narrador)
Maria Madalena, esperançosa,
Bem cedo foi ao túmulo apressada.
Lá constatando, então, muito ansiosa,
A pedra pesadíssima afastada.
Transida de felicidade e amor,
Sai perguntando pelo seu Senhor...
Pedro e João já correm ao local.
É comprovado o fato alvissareiro!
O bem supremo, enfim, vencera o mal.
Jesus lhes aparece em corpo inteiro
E, muitas vezes, volta a aparecer...
Até em nívea nuvem ascender!
    (Suplicante)   
Oh! Bom Jesus, Vossa Paixão e Morte,
Não sejam causa só de perdição!
Mas, o prenúncio áureo da sorte,
Que nos traz a feliz Ressurreição!
Selada junto ao céu Nova Aliança,
Que a terra inteira exulte de esperança!
(Todos)
Que brilhe em todo mundo a luz do Redentor!
Das trevas do pecado afastai-nos, Senhor.
Pelo Cristo de Deus a morte foi vencida.
Subiu em vida ao Céu, do Céu nos chama à vida!
ORAÇÃO FINAL

Estivemos, aqui, em Oração,
Do julgamento à morte vergonhosa,
Passo a passo, estação por estação,
Acompanhando a Via Dolorosa.

Sobre a Morte, por fim, veio a Vitória!
Motivo da mais alta aclamação.
Os céus e a terra, com Louvor e Glória,
Exultem na Feliz Ressurreição. 

Tendo Cristo por Mestre e Salvador,
Sigamos sua Doutrina dia-a-dia.
Rememorando o seu gesto de Amor,
Na Comunhão da Santa Eucaristia!


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Páscoa de 2016
Autoria dos Versos: PAULO Fernando Torres VERAS.

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