'A transposição de bacias hidrográficas para a região equatorial do Nordeste é a única solução para o abastecimento de água para todo o semi-árido nordestino'.
'O Brasil é um país privilegiado no que tange à interligação de bacias hidrográficas'.
As Ligações das Principais Bacias Hidrográficas regionais podem resolver definitivamente o problema de água para o Nordeste, já que o nosso semiárido sofre longos períodos de estiagem, com a falta de água em nossos principais reservatórios.
'As lagoas de Varedão e Jalapão interligam as bacias do Tocantins - São Francisco - Parnaíba'.
A interligação do sistema hidrográfico do Nordeste brasileiro poderá ser feito através das alternativas:
Interligação do rio Tocantins com o rio São Francisco via Lagoa de Varedão, nos limites dos Estados da Bahia e Tocantins, em área de terreno altamente poroso formado de calcário, onde dutos subterrâneos interligam à referida lagoa recebendo águas da bacia do Tocantins (rios Sono e Novo), lançando-as nos rios Sapão, Preto e Grande, da bacia do São Francisco.
No divisor d'água São Francisco - Tocantins há vários nascentes do seu subsolo, o que evidencia claramente a continuidade do grande lençol d'água subterrânea.
A infiltração das águas dão origem à formação e também a interligação de imensos rios na região, como os rios Sono, Preto, Grande, etc.
Na região do divisor d'água Tocantins - São Francisco, 652 m de altitude na sua porção oriental há uma tendência geral dos subafluentes do primeiro (Tocantins), a serem capturados pelos afluentes do segundo (São Francisco). Aí a erosão regressiva ou lateral constatada no sistema Tocantins tende a levar a captura de águas dos subafluentes desta bacia, invertendo portanto o seu curso de água (para a bacia do São Francisco) que tinha outro destino. Como vemos, a bacia do São Francisco se interliga com o Tocantins, por intermédio da lagoa de Varedão os quais desaguam para o São Francisco, com um débito de aproximadamente 89 a 110 m3/s.
Se esse projeto tivesse sido executado de acordo com os estudos existentes, (não estaríamos sofrendo a falta d'água) com a interligação do rio Tocantins com o rio Parnaíba através da Lagoa de Jalapão, no divisor d'água do Tocantins com os afluentes maranhenses do rio Parnaíba, com uma adutora partindo de Carolina, no Estado do Maranhão, e essas águas fossem levadas até o Riachão, distante dali cerca de 50 km a oeste e, em seguida, fosse transferidas para os afluentes do rio Parnaíba, a torrente atingiria a barragem de Boa Esperança, no Piauí e, com a construção de outra adutora de 300 km, até a Chapada do Araripe, onde
seriam também construídos grandes reservatórios que, por gravidade, suas águas seriam distribuídas diretamente para os Estados do Piauí, Ceará, Paraíba, Pernambuco e, através de desvios, para o Rio Grande Norte, evitando assim qualquer confrontação com os Estados da Bahia, Sergipe e Alagoas, que já estão sendo beneficiados pelo São Francisco.
Esta alternativa que consiste no desvio para o rio São Francisco de uma constante descarga, seria a solução definitiva para abastecer o semiárido nordestino, enchendo os principais reservatórios existentes e que hoje estão para secar.
A barragem de PIUM - I, no Estado de Minas Gerais teve o objetivo técnico auxiliar de ampliar artificialmente o volume da bacia hidráulica da Represa de Furnas, visando a transposição para o São Francisco. Esta alternativa nos livra das restrições dos Estados da Bahia, Sergipe e Alagoas e, se tivesse sido posto em ação, o Nordeste não estaria sofrendo as consequências de 6 anos de estiagem.
O governo tem que pensar e por sua equipe técnica para funcionar e deixar de gastar biliões com projetos que nunca terminam. Por isso, sempre defendi esse importante Projeto de trazer água do Tocantins para o Semiárido Nordestino, mesmo saindo caro a sua execução.
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Cordialmente:
Hugo Moreira Pinheiro - (HP)
Filiado do PPS/CE
Repórter-fotográfico
Correspondente/Colaborador
DNOCS
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