ACADEMIA CEARENSE DE POESIA
Fundada em 05 de Novembro de 2004
Fortaleza - Ceará - Brasil
01 de Janeiro de 2018
Segunda-Feira.
O PRIMEIRO VERSO
Diogo Fontenelle
Diogo Fontenelle
Aos lumes do lampião de querosene na sala,
Ao sopro do luar adernado em meu coração,
Escrevi meu primeiro verso da cor de opala,
Tangi o faz de conta feito aquarela e canção.
Eu era pequenino do sonhar grande que fala,
Eu era pequenino do olhar verde-mar oração.
Hoje, sou grande do esperançar feito desvão,
Hoje, desfolho-me em lamentos de antessala,
Hoje, toureio razões de um desamado ancião.
SONHOS D'ALMA
Eliane Arruda
A minha alma quer - não sei por quê -
viver alguns momentos de poesia,
deixar que se levante todo aquele
caudal a desaguar na fantasia.
Pegar á noite da mão do silêncio,
a rosa cujo tom é inspiração,
sorvendo todo o aroma que apresenta,
até o movimento desta mão.
A minha alma quer - não sei porque -
cantar em verso um qualquer momento,
quer se mostre alegre... ou mais silente.
Julgar se um torpor e seu requebro
merece ter o seu valor cantado,
ser rima com um sonho inusitado...
PAISAGEM
Giselda Medeiros
a Renato Assunção
A noite vem
com seu vestido cinza.
tão rápido o cortejo...
O negror abraça
o infinito inalcançável
onde pálidas luzes
bailam tímidas
entre os flocos de neblina.
Mar e terra abraçados
tão unidos como os amantes
que não se querem dizer adeus.
Casas fechadas, escondidas,
por trás de muros
insones...
Estremecem ais lampejantes sob lençóis
(tão brancos)
derramando-se na espessura da noite
de areias invisíveis.
MILHAS
Vicente Aencar
Vicente Aencar
A distância é enorme
imensa,
são milhas e milhas
vencidas apenas
pelo pensamento
e lamento do coração.
Não ficar perto,
por maior distância
que seja,
é ficar isolado milhas e milhas
na crescente e marcante
saudade de toda hora.
fim
Contatos:
Secretário de Imprensa da Academia:
vicentealencar25@yahoo.com.br
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