SERÁ O CAOS ORIGEM DA
LUZ?
A pós-modernidade abalou todas as
referências. Nada resistiu ao relativismo sob a camuflagem de perspectiva ou
relação. A hegemonia do pensamento para o qual a história se resolve pelo
conflito, ao invés da negociação e da solução de problemas proporcionadas pela
razão, trouxeram o caos. Figuras supostamente respeitáveis atacam
despudoramente a distinção entre o bem e o mal ou entre verdade e erro.
Professores,
pais, autoridades passaram a ser vistos com opressores. Surgiu então a
contestação aos “novos gestores da moral”. Escolas, universidades, imprensa e
indústria cultural foram aparelhadas pelos mistagogos, esgrimindo o pensamento
liberticida, sob disfarce libertário. Agora surge uma resistência inédita da
sociedade. A imposição de uma moral oficial, com o uso de uma censura
violentamente nas instituições de ensino e na sociedade em geral, despertou a
maioria silenciosa. Estudantes e pais reagiram, embora ainda absorvam programas
de televisão, levados ao ar por emissoras detratadas pelos “novos gestores da
moral”, sem perceber que o vírus do caos está presente nos citados programas.
O
exercício do poder desmascarou os fariseus que se apresentavam como arautos da
libertação, abalando lideranças personalistas, partidos e doutrinas. A
corrupção é algo que os leigos em face da complexidade dos problemas políticos
e sociais entendem. A superioridade moral e intelectual dos “reis filósofos”
foi desmascarada, aparecendo o “ópio dos intelectuais” de que falava Raymond
Aron. Daí o ódio dos “esclarecidos” contra o “moralismo” que eles mesmos
pregaram durante tantos anos. O fracasso econômico dos “reis filósofos” também
contribuiu para abalar a poderosa hegemonia ideológica. O descrédito dos “reis
filósofos” do nosso tempo veio depois que elas se viram forçados a buscar a
eficiência dos mercados, com tudo o que condenavam, sob pena de não sobreviver.
A imposição da “nova moral” oficializada, invertendo valores tradicionais,
ruborizou até o Macunaíma, que reagiu.
Será o caos a origem da luz? O
amadorismo e o despreparo da maioria silenciosa é terreno fértil para erros
grosseiros. Donald Trump e exemplo disso.
Fortaleza, 07 de agosto
de 2017
Rui
Martinho Rodrigues.
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