MINHA SEREIA
Toni Ferreira
Tu és uma pá que me busca arduamente
Sempre que mergulho nesses tristes mares
De agonia da vida que me faz demente
E me transpõe por muitos outros andares.
É dissimulado o teu gesto de amor
Ao me encontrar triste, só e acabrunhado,
Sussurrando o pranto de sólida dor
Que brota já fértil do elo emaranhado.
Que amor desconexo e desiludido!
Ao transparecer em todo esse pranto
Jorrado do acérrimo amar e viver.
Viúva de marido vivo e amor perdido,
Aonde foi morar todo o nosso encanto ?
Será noutros ares, sereia, vou te ver ?
Enviado do meu iPad
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