Na Hipocrisia do mundo você se descobre,
e, se encontra, quando vive um grande amor
Vicente Alencar

quinta-feira, 27 de julho de 2017

A FORMAÇÃO DA FAMILIA NA ÓTICA DO CATÓLICO

A FORMAÇÃO DA FAMILIA NA ÓTICA DO CATÓLICO

·  No princípio Deus criou o homem. Vendo que o homem necessitava de uma companheira, deu-lhe um sono profundo, tirou dele uma costela, e criou outro ser com a sua mesma imagem e semelhança, mas com outras características, e deu o nome de mulher. Foi aí o início de um projeto para a formação da família.

·  A união do homem e da mulher abre caminho para o amor matrimonial, ou seja: uma aliança entre os dois pela qual se dão e se pertencem mutuamente numa plena comunidade de vida que se expressa inclusive na entrega corporal e sexual. “Osso de meus ossos, carne de minha carne” (Gn 2,23).

·  O Matrimônio é a complementação dessa aliança que exprime a comunhão de vida possibilitada pela reciprocidade sexual. Por isso, o Matrimônio se vivido de modo humano, isto é, com sentimento de amor, na entrega total de um ao outro, propicia a realização do ato sexual, objetivando a procriação dos filhos.

·  O filho, por sua vez, é fruto e expressão da comunhão de vida dos esposos. Ele veio por um ato sexual que é expressão passageira, enquanto o filho representa uma expressão permanente. Ele é o produto que veio do amor do homem e da mulher, que se faz carne, portanto é presença sensível, histórica, pessoal e duradoura na nossa vida. É síntese da personalidade dos pais.

·  Por meio da geração e educação, se realizado de modo consciente e responsável, a comunhão de vida dos esposos se aprofunda de tal modo que se torna família. E aqui se concretiza o projeto inicial e se dá a formação propriamente dita da família, que passa a ser formadora de pessoas.

A FAMILIA CRISTÃ E A EDUCAÇÃO

·  A família cristã forma pessoas espelhada na Família de Nazaré, que nos deixou exemplos extraordinários. Maria, nossa Mãe Santíssima, Mãe de Deus feito Homem, deixou para nós, juntamente com seu esposo São José, um legado de ensinamentos pautado no Amor, na aceitação, na renúncia,  no despojamento, na disciplina e sobretudo na humildade. A Família cristã, nascida de um matrimônio que é imagem e participação da aliança de amor de Cristo e a Igreja, também por meio do amor dos esposos, contará com certeza da presença viva do nosso Salvador, permitindo, assim, que essa família seja bem estruturada e plenamente ajustada.

·  A família é como uma escola de valorização humana. E para alcançar a plenitude da sua vida e missão, exige uma  íntima comunhão de almas e comum acordo dos esposos, porque pais e filhos completam-se numa verdadeira unidade. Os filhos refletem as qualidades morais e sociais dos seus pais. Eles serão fora do lar, o reflexo da vida que tiverem junto à família. É por isso que cabe aos pais essa grande missão de transmitir aos filhos a sua experiência, seus conhecimentos, dando a eles uma orientação conveniente, exigindo deles, sem contudo intransigir, procurando incentiva-los pelo estímulo, pelo exemplo. O importante disto tudo é saber DOSAR AMOR E AUTORIDADE.

·  A família por si mesma não poderá viver, crescer e aperfeiçoar-se como comunidade de pessoas ajustadas, sem estar pautada no amor. Somente com a presença de Deus, que é a fonte viva do Amor, e na sua trindade, faz viver o mistério de comunhão pessoal de amor com suas criaturas, permitindo que a família encontre respostas aos problemas da existência humana. Porque o Amor pressupões doação, gratuidade, responsabilidade pela vida do outro; respeito à individualidade do ente amado.

·  Educar o filho para a vida, além de cuidar da saúde física e moral; da sua personalidade e da instrução, é necessário:


a)     CONHECER
b)    DIALOGAR
c)     INCENTIVAR
d)    DISCIPLINA
e)     EXEMPLO
f)      ORIENTAR

·  Conhecer = Pais e filhos precisam se conhecer mutuamente para que possa haver uma maior aproximação, e assim cultivar a confiança que permita estabelecer uma melhor convivência e entendimento. Só quem conhece o filho sabe como ajuda-lo nas suas dificuldades

·  Dialogar = É trocar ideias, é compreender, é dizer, escutar, interessar-se mutuamente. É influenciar o outro pela razão. Diálogo é o encontro de pessoas. É o alimento do amor. É condição indispensável para a felicidade do casal e da família, quando existe a humildade, a caridade, a sinceridade e respeito à opinião do outro. É preciso saber escolher o momento para o diálogo. Paciência, boa vontade e constância,  fazem parte de um bom diálogo.

·  Incentivar = Os pais precisam procurar ter acesso aos filhos para que eles tenham chance de escuta-los, e permitam que eles desabafem, e com calma ouvir deles o que pretendem na sua vida. Necessário se faz tomar atitudes certas e precisas, mostrando aos filhos a sua disposição de colaborar com eles em qualquer situação. Sempre que possível, delegar aos filhos responsabilidades para que eles se sintam valorizados.

·  Disciplina = A disciplina não pode faltar em todos os procedimentos para que tudo aconteça com o equilíbrio necessário.

·  Exemplo = O exemplo é sem dúvida uma das mais importantes exigências na educação dos filhos, já que eles herdam dos pais as suas qualidades, conforme foi dito. Por isso se os pais querem orientar, encorajar e acompanhar seus filhos, precisam de coerência em suas atitudes. Não adianta pregar o amor, quando seus atos são tradução de egoísmo. Os pais devem ser o modelo daquilo que prega e o que faz. Não foi sem razão que um certo pai, ao nascer seu primeiro filho, de joelho, fez a seguinte oração: “Senhor, vou começar a partir de hoje, a educação do meu filho, ao mesmo tempo que ele começa a me educar, porque tenho que ser bom para faze-lo bom; Porque tenho de corrigir os meus defeitos para não manchar a inocência e a candura do meu filho; Porque os olhos dessa criança são os vossos olhos vigiando os meus  passos e o meu destino,  por onde ele terá de caminhar um dia”.

·  Orientar = A intervenção educativa é sem dúvida aquela cuja meta é dar um sentido de responsabilidade ao filho, o que não seria possível com excessiva proteção. A criança precisa exercer a sua auto-suficiência. Ela não pode aprender a escolher se nunca escolhe. A criança precisa de liberdade. Claro que tudo tem limite. A liberdade poderá ser acompanhada discretamente, sem que o filho note para não afetar a sua auto-estima.

·  VEJA O QUE DIZ TEXTO: “MOMENTO DE REFLEXÃO” VINDO DO ESPIRITISMO, SOBRE A FAMÍLIA.

Compartilhamos com vocês este texto sobre A Formação da Família, juntamente com o texto: Momento de Reflexão sobre a importância da "Oração em Família", para sua reflexão...
Que Deus esteja com vocês
Chico e Nicinha



Momento de Reflexão

A oração em família
É lamentável perceber o esquecimento da oração, em grande número de lares pela Terra nteira. 

Mesmo em grupos familiares que se dizem cristãos, falta o aconchego maior com as fontes fecundas de paz em que se converte a oração. 

Mais do que pode supor a pessoa que ora, a alma que se liga às faixas luminosas do diálogo com Deus, absorve desse estuário bendito do mundo invisível, as mais profundas dádivas de recursos aptos a sustentá-la nas lides em que se movimenta no planeta. 

Esse salutar costume de abrir-se para dizer ao Criador o que se sente, mesmo ciente de que Ele sabe de todas as coisas, converte-se em exercício maduro de autoconhecimento gradual, em exercício de humildade, que eleva e bendiz a criatura. 

No campo doméstico, pois, ensine a seus filhos, desde pequeninos, tão logo consigam acompanhar os pais, a entoar as palavras da prece, que, com o tempo irão compreendendo, adicionando seus próprios sentimentos, valendo-se, ao mesmo tempo, dessa norma feliz, como fuga das tormentas em si ou em torno de si, ou como bálsamo medicamentoso em face dos padecimentos físicos e morais que, acaso, lhes esbarre a caminhada terrena. 

Ensine-os a não fazer da prece um conjunto de palavras inócuas das quais a sincera compenetração não faça parte. 

Mostre-lhes que, por ser valiosa, a prece deve ser entoada ou emitida, em regime de unção íntima, fazendo silêncio no aposento do coração, para que aprenda a ouvir as respostas das alturas, que podem ser imediatas ou nos encontrar pelos caminhos. 

Ensine aos seus que a prece não é um instrumento de barganha com a Divindade, num regime de trocas infantil. 

A prece é uma forma de comunicação. Quanto mais honesta, mais alta. Quanto mais alta, melhores os seus resultados. 

Independente da sua oração diária e íntima, aproveite o encontro de sua família, que seja uma vez por semana, em qualquer dia, em qualquer horário que possam estabelecer para a prece em conjunto, ou para a prática da leitura do Evangelho no lar. 

Diante da mesa posta do Evangelho de Jesus, recolherão, você e os seus, os mais sublimes e valiosos recursos da Divindade. 

Orar é nobre condicionamento, harmonizando-nos com o Infinito... 

* * * 

A oração no lar constrói em suas cercanias uma redoma protetora, evitando que as naves domésticas sejam invadidas por pensamentos escuros, e por entidades indesejadas. 

Saúde espiritual inenarrável costuma penetrar as almas que, no reduto doméstico, se aliam aos benefícios deste diálogo com o Alto. 

A prece ao lado de nossos amores fortalece os laços que nos unem, e faz-nos mais fortes e esperançosos perante as realidades difíceis que ainda temos que enfrentar lá fora e em nós mesmos...





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