Na Hipocrisia do mundo você se descobre,
e, se encontra, quando vive um grande amor
Vicente Alencar

sexta-feira, 27 de maio de 2022

Destaques históricos da MPB

 Destaques históricos da MPB


Muitos são os bons compositores brasileiros cuja importância ultrapassa os limites da música popular. Alguns, porém, revelam-se de tal maneira talentosos que se incluem na galeria dos nossos grandes poetas, pela indiscutível qualidade literária dos versos que escreveram. Fica dificil para qualquer brasileiro apontar os melhores compositores e também as melhores composições, sem correr o alto risco de cometer injustiças. Na realidade, são muitos os músicos e letristas, que com suas canções, enchem as nossas vidas de amor e de alegria. Belchior, Fagner, Ednardo, Chiquinho Gonzaga, Noel Rosa, Pixinguinha, Luiz Gonzaga, Orestes Barbosa, Ataulfo Alves, Ary Marroso, mais ainda Lupiscínio Rodrigues, Paulinho da Viola, Chico Buarque, Edu Lobo, Tim Maia, Roberto Carlos, Vinicius, Tom, Erasmo Carlos, Gonzaguinha, João Gilberto, tantos, tantos, tantos… Com certeza cometo uma grande injustiça quando me perguntam os três nomes de minha preferência e digo: Noel Rosa, Lipiscínio Rodrigues e Paulinho da Viola. Peço desculpas a todos os outros. Se há uma manifestação valorosa neste querido País, é a música popular brasileira. Não citei Pixinguinha, mas sei que “Carinhoso” é um clássico da música mundial. Não destaquei Cartola, cruel engano, pois “as rosas não falam simplesmente exalam o perfume que roubam de ti”. Não citei Dorival Caymmi, uma vez que ficaria com saudades da Bahia, de Marina e até passaria a gostar de morrer no mar. Esqueci o Lua, lamentável, vez que sua “Asa Branca” é o hino do meu Nordeste. Não escolhi Orestes Barbosa, companheiro de Silvio Caldas com quem assinou algumas das mais belas páginas do cancioneiro nacional. “Tu pisavas nos astros distraída”, segundo Manuel Bandeira uma das mais altas criações da poesia em língua portuguesa. Elogio que vale por um diploma, considerando-se quem o fez. De Noel, Lupiscínio e Paulinho lembro-me dentre outras, de meu “Último Desejo”, de “Nunca” pensar em “Vigança” e ter “Argumento” para imaginar que “Foi um Rio que passou em Minha Vida”. P.S. Lembro “Canção de Amor”, belíssima composição do cearense Elano de Paula e do Chocolate, interpretada pela divina Elizabeth Cardoso. Viva a Música Popular Brasileita.

     

Gonzaga Mota

Prof. aposentado da UFC

luizgmota@yahoo.com.br

27/05/2022


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