REFORMA DA PREVIDÊNCIA OU DA CONSCIÊNCIA?
Confesso estar consciente da necessidade de uma reforma no sistema previdenciário brasileiro, mas também tenho a indelével ciência de que é urgente reformar as consciências dos legisladores e executores desta proposta de reforma da previdência, que tramita no Congresso Nacional.
Há em mim e certamente, em muitos outros trabalhadores do Brasil, uma inquietação com sabor de moeda de troca, um rio de dúvidas sobre a verdadeira matemática, que calcula o futuro dos aposentados com base no presente e com as lições do passado e não no resto das contas, que demonstram privilégios ou trapaças egocêntricas por parte dos controladores dos sistemas políticos e financeiros, que nos deixam com um deficit de senso crítico para compreender o tal do deficit público, aumentado e associado ao fato de não ser aprovada a reforma da previdência, como está prevista na vontade dos interessados.
Consciências reformadas são as melhores impulsionadoras de uma reforma previdenciária consciente, aquela que não cobra sacrifícios somente de algumas categorias e sabiamente ajusta-se, para que todos permaneçam vivendo com dignidade, tanto os que ainda estão contribuindo com a previdência e os que um dia estarão aposentados por ela. Quem se aposentar verá.
Paulo Roberto Cândido
Membro da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza-AMLEF Cadeira 29-Patrono Antônio Sales
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