Verdades essenciais
A
humanidade vive, no momento, uma época de incerteza caracterizada pela
falta de solidariedade, por um lado, e pelo excesso de radicalismo e
fundamentalismo, por outro. Estes comportamentos levam a crises de
violência em todos os seus aspectos: guerra, fome, desemprego,
dificuldades sociais, desagregação familiar, falta de perspectiva, etc. A
ganância de determinados países motiva uma desconfiança que prejudica o
entendimento e gera desigualdades e desequilíbrios políticos,
econômicos, sociais e culturais. Nessa linha de raciocínio, surgem a
exploração desordenada dos recursos naturais não renováveis, a miséria
crescente de milhões de pessoas, a corrida armamentista, a ausência de
uma paz estável, o terrorismo, dentre outros problemas. O radicalismo
tem influenciado de forma negativa as alterações de comportamento e de
organização social, nos países socialistas e capitalistas. Crises,
desemprego, miséria, endividamento e violência decorrem de movimentos
radicais que não buscam soluções, mas modelos errôneos do ponto de vista
socioeconômico e político. Todavia, é extremamente difícil encontrar
um modelo sociológico, filosófico e ideológico, capaz de gerar um clima
de harmonia e generosidade. É urgente a necessidade de ações e
programas que, voltados, principalmente, para a área social, promovam e
consolidem oportunidades ao povo. O Estado existe não para ser opressor,
mas para assegurar os princípios básicos da democracia. Precisamos nos
voltar para o conhecimento das verdades essenciais, objetivando alcançar
os valores éticos indicadores de um mundo baseado nos conceitos de
justiça e de igualdade de oportunidades.
Gonzaga Mota
Professor aposentado daUFC
Nenhum comentário:
Postar um comentário