ESPERA
Ana Paula Medeiros
(Da Academia Cearense da Língua Portuguesa).
A carne treme.
A alma perambula
por entre cristais
de espinhos.
Escorre a seiva
de velhas folhas
de outono.
O céu se esconde
detrás de nuvens
de espumas.
Faz-se inverno
em mim.
Espero...
Espero
pelo sol,
pelo canto.
Espero colher
róseas hortências,
cheiros de tâmaras,
cores em aquarelas,
algas azuis
em lagos morenos
de pedras sem lodo.
Espero...
Espero
pela alvorada,
por alvas manhãs,
tardes dormentes
e noites sob
A carne treme.
A alma perambula
por entre cristais
de espinhos.
Escorre a seiva
de velhas folhas
de outono.
O céu se esconde
detrás de nuvens
de espumas.
Faz-se inverno
em mim.
Espero...
Espero
pelo sol,
pelo canto.
Espero colher
róseas hortências,
cheiros de tâmaras,
cores em aquarelas,
algas azuis
em lagos morenos
de pedras sem lodo.
Espero...
Espero
pela alvorada,
por alvas manhãs,
tardes dormentes
e noites sob
tapetes rubros
de flamboyants.
de flamboyants.
A coisa mais divina que há no mundo é viver cada segundo como nunca mais.
(Vinícius de Moraes)
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