Camilo, o santo é de barro
Hélder Cordeiro -
Jornalista
Todos os consultores
financistas das maiores instituições que tratam de macro-economia no mundo demonstram
pessimismo em relação ao futuro do Brasil e citam imperiosa necessidade imediata
de controle nos gastos públicos por parte do governo brasileiro. A frente dessa
crise está um sinal vermelho, exigindo pé no freio para conter gastança
irresponsável e agravada pela corrupção generalizada na administração pública.
A presidente Dilma Rousseff só tem duas opções: frear bruscamente ou levar o
país a um profundo buraco pós-lama. Portanto, nada de Próspero Ano Novo em 2015
e queira Deus não chegar a 2016.
A nação
vai pagar com lágrimas o pecado de ser politicamente omissa. Elege gestores e
não fiscaliza, exercendo seu direito à cidadania. Independentemente, livres e autoritários
soberanos - os nossos gestores públicos são explícitos "ditadores com
mandatos preestabelecidos em quatro anos". Gerentes absolutos do
patrimônio público e face desse "poder" estamos lamentando o que
ocorreu no mensalão e agora na Petrobras.
Valor da empresa antes do pré sal,
em 2008: R$ 737 bilhões. Em 2014, segundo estudiosos: R$ 127 bilhões. O preço
da Ação caiu de R$ 70 para R$ 10.
A crise nacional exige, hoje, de todos os
gestores públicos bom senso, honestidade, responsabilidade e transparência - da
presidente da República a governadores eleitos e dos prefeitos municipais: pé
no freio. Os cofres públicos estão vazios e vão permanecer. Pensar em aumentar
carga tributária é suicídio. Ressuscitar CPMF é estimular a pujante corrupção
que assola o país. Esqueça governador Camilo Santana, o "baixo clero
corrupto do Congresso Nacional" está somente preocupado com a Operação
Lava Janto da Polícia Federal.
O governador Cid Gomes merece o que dizia o
"governo das mudanças" - "fizemos muito, mas ainda falta fazer
muito mais". O futuro governador Camilo Santana tem missão de fazer muito
mais, na saúde, educação, saneamento básico, e, principalmente na segurança. Portanto,
toda economia é preciosa e não fazer gastança inútil, como demolir o histórico
Centro de Convenções, na Washington Soares, para construir auditório vizinho ao
atual Centro de Eventos. Dizia Virgilio Távora: "O Ceará não é o centro do mundo". Esse
Centro deveria ser adaptado uma escola de tempo integral e com pequeno custo.
Só a demolição terá valor superior a construção de uma escola estadual
profissionalizante. Sem educação não há cidadania nem bem-estar social.
Necessitamos de cidadania e vida saudável no Ceará. Futuro governador, devagar
com o andor porque o santo é de barro.
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