A estupidez da política externa brasileira não reconhece limites.
Não recua diante de nada.
Não recua diante de cabeças cortadas.
Não recua diante de fuzilamentos em massa.
Não recua diante da transformação de mulheres em escravas sexuais.
Não recua diante do êxodo de milhares de pessoas para fugir dos massacres.
Não recua diante da conversão de crianças em assassinos contumazes.
A delinquência intelectual e moral da política externa brasileira, sob o regime petista, não conhece paralelo na nossa história.
Não recua diante de nada.
Não recua diante de cabeças cortadas.
Não recua diante de fuzilamentos em massa.
Não recua diante da transformação de mulheres em escravas sexuais.
Não recua diante do êxodo de milhares de pessoas para fugir dos massacres.
Não recua diante da conversão de crianças em assassinos contumazes.
A delinquência intelectual e moral da política externa brasileira, sob o regime petista, não conhece paralelo na nossa história.
A delinquência intelectual e moral da política externa brasileira tem poucos paralelos no mundo — situa-se abaixo, hoje, de estados quase-párias, como o Irã e talvez encontre rivais à baixura na Venezuela, em Cuba e na Coreia do Norte.
Nesta terça, na véspera de fazer o discurso de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, a ainda presidente do Brasil fez o impensável, falou o nefando, ultrapassou o limite da dignidade. Ao comentar os ataques dos Estados Unidos e aliados às bases do grupo terrorista Estado Islâmico, na Síria, disse a petista:
“Lamento enormemente isso (ataques aéreos na Síria contra o EI). O Brasil sempre vai acreditar que a melhor forma é o diálogo, o acordo e a intermediação da ONU. Eu não acho que nós podemos deixar de considerar uma questão. Nos últimos tempos, todos os últimos conflitos que se armaram tiveram uma consequência: perda de vidas humanas dos dois lados. Agressões sem sustentação aparentemente podem dar ganhos imediatos, mas, depois, causam prejuízos e turbulências. É o caso do Iraque, está lá provadinho. Na Líbia, a consequência no Sahel. A mesma coisa na Faixa de Gaza. Nós repudiamos sempre o morticínio e a agressão dos dois lados. E, além disso, não acreditamos que seja eficaz. O Brasil é contra todas as agressões. E, inclusive, acha que o Conselho de Segurança da ONU tem de ter maior representatividade, para impedir esta paralisia do Conselho diante do aumento dos conflitos em todas as regiões do mundo”.
Nunca a política externa brasileira foi tão baixo. Trata-se da maior coleção de asnices que um chefe de estado brasileiro já disse sobre assuntos internacionais.
A fala de Dilma é moralmente indigna porque se refere a “dois lados do conflito”, como se o Estado Islâmico, um grupo terrorista fanaticamente homicida, pudesse ser considerado “um lado” e como se os EUA, então, fossem “o outro lado”.
A fala de Dilma é estupidamente desinformada porque não há como a ONU mediar um conflito quando é impossível levar um dos lados para a mesa de negociação. Com quem as Nações Unidas deveriam dialogar? Com facínoras que praticam fuzilamentos em massa?
A fala de Dilma é historicamente ignorante porque não reconhece que, sob certas circunstâncias, só a guerra pode significar uma possibilidade de paz. Como esquecer — mas ela certamente ignora — a frase atribuída a Churchill quando Chamberlain e Daladier, respectivamente primeiros-ministros britânico e francês, celebraram com Hitler o “Pacto de Munique”, em 1938? Disse ele: “Entre a desonra e a guerra, escolheram a desonra e terão a guerra”.
A fala de Dilma é diplomaticamente desastrada e desastrosa porque os EUA lideram hoje uma coalizão de 40 países, alguns deles árabes, e conta com o apoio do próprio secretário-geral da ONU, Ban ki-Moon.
A fala de Dilma é um sarapatel de ignorâncias porque nada une — ao contrário: tudo desune — os casos do Iraque, da Líbia, da Faixa de Gaza e do Estado Islâmico. Meter tudo isso no mesmo saco de gatos é coisa de uma mente perturbada quando se trata de debater política externa. Eu, por exemplo, critiquei aqui — veja arquivo — a ajuda que o Ocidente deu à queda de Muamar Kadafi, na Líbia, e o flerte com os grupos que se organizaram contra Bashar Al Assad, na Síria, porque avaliava que, de fato, isso levaria a uma desordem que seria conveniente ao terrorismo. Meus posts estão em arquivo. Ocorre que, hoje, os terroristas dominam um território imenso, provocando uma evidente tragédia humanitária.
A fala de Dilma é coisa, de fato, de um anão diplomático, que se aproveita de uma tragédia para, uma vez mais, implorar uma cadeira permanente no Conselho de Segurança de ONU. O discurso da presidente do Brasil só prova por que o país, infelizmente, não pode e não deve ocupar aquele lugar. Não enquanto se orientar por critérios tão estúpidos.
Ao longo dos 12 anos de governos do PT, muita bobagem se fez em política externa. Os petistas, por exemplo, condenaram sistematicamente Israel em todos os fóruns e se calaram sobre o terrorismo dos palestinos e dos iranianos. Lula saiu se abraçando com todos os ditadores muçulmanos que encontrou pela frente — incluindo, sim, o já defunto Kadafi e o antissemita fanático Mahmoud Ahmadinejad, ex-presidente do Irã. Negou-se a censurar na ONU o ditador do Sudão, Omar al-Bashir, que responde pelo assassinato de 400 mil cristãos. O Brasil tentou patrocinar dois golpes de estado — em Honduras e no Paraguai, que depuseram legitimamente seus respectivos presidentes. Endossou eleições fraudadas na Venezuela, deu suporte ao tirano Hugo Chávez e ignorou o assassinato de opositores nas ruas, sob o comando de um louco como Nicolás Maduro.
E, como se vê, ainda não era seu ponto mais baixo. Dilma, nesta terça, deu o seu melhor. E isso quer dizer, obviamente, o seu pior. A vergonha da política externa brasileira, a partir de agora, não conhece mais fronteiras.
Pois eu faço um convite: vá lá, presidente, negociar com o Estado Islâmico. Não será por falta de preparo que Vossa Excelência não chegará a um bom lugar.
Tags: Governo Dilma, política externa
Escrava cubana que atuava no ‘Mais Médicos’ do governo Dilma teria fugido para os EUA, como já fizeram escravos alugados pelo governo Maduro, na Venezuela. Conheça a verdadeira história do programa do Foro de São Paulo
http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/2014/09/24/escrava-cubana-que-atuava-no-mais-medicos-do-governo-dilma-teria-fugido-para-os-eua-como-ja-fizeram-escravos-alugados-pelo-governo-maduro-na-venezuela-conheca-a-verdadeira-historia-do-programa/
Não só os médicos cubanos miseráveis alugados pelo governo de Nicolás Maduro na Venezuela imploram para entrar nos EUA, como eu havia mostrado aqui. Uma médica cubana alugada pelo governo de Dilma Rousseff através daquele programa de transferência de renda para a ditadura dos irmãos Castro conhecido no Brasil como ‘Mais Médicos’ também teria fugido para o Tio Sam. O problema do aluguel de escravos entre governos parceiros no Foro de São Paulo é esse: mais cedo ou mais tarde, eles acabam fugindo para um quilombo onde ainda possam ser realmente livres.
Yaumara Perez Garriga, de 30 anos, natural da cidade Las Martinas, em Cuba, chegou a São Vicente, no litoral de São Paulo, em novembro do ano passado com outros três cubanos do programa. O G1 informaque Yaumara, conhecida como “bonequinha” por algumas pessoas da Unidade Básica de Saúde (UBS), abandonou o serviço na semana passada, após ter planejado, com bastante antecedência, a fuga do Brasil.
Em fevereiro desse ano, lembra a reportagem, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, informou que 24 cubanos já haviam deixado o ‘Mais Médicos’ e que outros três estavam desaparecidos. Na época, o ministro considerou que o número era “insignificante”, frente ao universo de 9.549 médicos participantes do programa no país, dos quais cerca de 7.400 vindos de Cuba.
Eu entendo o quão “insignificante” é para um governo que aluga escravos perder algumas dezenas deles em deserções. Basta vigiar melhor os outros e poderemos contar com os serviços deles numa boa, não é mesmo?
Naquele mês, Ramona Matos Rodríguez, de 51 anos, desertou, foi perseguida pela Polícia Federal de Dilma (a serviço dos irmãos Castro) e pediu asilo no gabinete do deputado Ronaldo Caiado, do DEM. Ela disse receber o correspondente a apenas US$ 400 (mais ou menos R$ 968, na época). Outros US$ 600 (R$ 1.452) seriam depositados em Cuba e só poderiam ser sacados no seu retorno ao país. Como calculou então Reinaldo Azevedo: “O restante — R$ 7.580 — engordam o caixa dos tiranos (e pode não ser só isso…). Devem atuar hoje no Brasil 4 mil cubanos. Mantida essa proporção, a ilha lucra por mês, depois de pagar os médicos, R$ 30,320 milhões — ou R$ 363,840 milhões por ano. Como o governo Dilma pretende ter 6 mil cubanos no país, essa conta salta para R$ 545,760 milhões por ano — ou US$ 225,520 milhões. Convenham: não é qualquer país que amealha tudo isso traficando gente. É preciso ser comuna!”
No fim de fevereiro, para contornar a situação em pleno ano eleitoral, o governo anunciou que, em vez dos US$ 400, os cubanos passariam a receber, no Brasil, US$ 1.245 (quase R$ 3 mil), mas, mesmo após o aumento, a ditadura cubana continuou recebendo cerca de 70% do valor pago pelo governo brasileiro, que é de R$ 10 mil mensais por médico, sendo que os profissionais de outras nacionalidades do programa recebem integralmente o salário de R$ 10 mil. Veja matéria do Jornal Nacional – aqui; e da Veja.com – aqui.
Em junho, mais dois cubanos deixaram o ‘Mais Médicos’. Raul Vargas resumiu a situação:
“Para qualquer outro estrangeiro, trabalhar aqui não resulta em qualquer tipo de problema, pode se mover para onde quiser, não está preso em nenhum lugar, como nós estamos, pode convidar sua família, inclusive, para vir visitá-los. Nós, médicos cubanos, não podemos fazer isso porque o salário não dá para trazer nossa família.” E completou: “Não nos deixam sair. Para poder sair, precisamos informar ao nosso coordenador e ele vê se autoriza ou não. Penso que todos devemos ser iguais, regidos pela mesma lei brasileira.”
O trabalho escravo, como se vê, continua firme e forte no Brasil de Dilma Rousseff.
Os médicos do Foro de São Paulo
Silvio Grimaldo descreveu as raízes do ‘Mais Médicos’ em setembro de 2013 no Mídia Sem Máscara, no artigo “Os médicos do Foro de São Paulo“, também indicado no meu resumão sobre a entidade. Eis a verdadeira história dessa aberração da esquerda continental:
(…) Com o colapso da URSS, Cuba teve que procurar outras formas de financiar sua ditadura. Sem indústria, sem agricultura, sem capacidade técnica para explorar recursos naturais, Havana fez da exportação de agentes de saúde a sua principal fonte de renda. Em 1999, Fidel fundou a ELAM, uma escola para a produção de médicos em larga escala, cuja primeira turma recebeu nada menos que 1900 alunos, um exército que seria negociado com os governos membros do Foro numa versão “progressista” do tráfico de escravos.
Os médicos formados pela ELAM se viram impedidos de trabalhar em muitos países devido à sua péssima qualificação, o que prejudicava a circulação da maior commodity cubana. O Foro de São Paulo veio então socorrer Havana, determinando, durante seu XII Encontro, que os partidos membros fizessem “esfuerzos y gestiones en sus respectivos países para lograr homologar o revalidar los títulos con el objetivo de reinsertar nuestros jóvenes en nuestros pueblos”.
No Brasil, o PT tem feitos esses esfuerzos pelo menos desde 1999, quando o partido começou a distribuir bolsas de estudo na ELAM para seus filiados. Em 2003, assim que assumiu a presidência, Lula assinou o “Protocolo de Intenções na área de saúde, educação e trabalho entre Brasil e Cuba”, com o objetivo de estabelecer “as condições necessárias para o reconhecimento recíproco dos diplomas de graduação e de pós-graduação stricto sensu na área da saúde“, obedecendo às diretrizes do Foro de São Paulo. No mesmo ano, o PT enviou ao Congresso o projeto de lei 65-A/2003, que proibia a abertura de novas escolas de medicina e a expansão de vagas nos cursos já existentes, alegando que no Brasil havia médicos demais.
Em 2006, Lula celebrou outro acordo com Fidel Castro para garantir a validação dos diplomas dos médicos formados em Cuba, enviando ao Congresso Nacional uma mensagem em que pedia a aprovação do acordo em regime de urgência. Em 2012, o governo anunciou um corte de R$ 5,4 bilhões no orçamento do Ministério da Saúde, e alguns meses depois Dilma criou a MP 568/12, que previa a redução de 50% nos salários dos médicos federais. A medida, cujo efeito seria esvaziar a área de saúde na esfera federal, afetava 48 mil servidores. A classe médica conseguiu impedir algumas dessas manobras e agora se tornou o bode-expiatório da esquerda, sendo responsabilizada pelos “comissários do povo” por todas as mazelas nacionais, internacionais, naturais, supernaturais, passadas, presentes e futuras.
O que se vê são duas frentes de uma mesma estratégia: a administração ordenada do caos na saúde pública e a criação de justificativas para a importação de médicos cubanos em massa. Essa política, claramente nociva aos interesses nacionais, nada tem a ver com a saúde dos brasileiros e atende somente os objetivos políticos do Foro de São Paulo, do qual nosso governo é um membro zeloso e obediente.
* Nota de FMB: Ver também o artigo de Graça Salgueiro, repleto de vídeos, “Contratação dos médicos cubanos: o que há por trás disso?“, com destaque para este trecho: “Depois de juntar e analisar todos esses dados, me parece que algumas coisas ficam claras. A vinda desses médicos cubanos ao Brasil serve a alguns fins: fazer doutrinação marxista e enaltecer a revolução cubana e, de passagem, enaltecer o governo brasileiro angariando votos para as eleições de 2014.” (Entrevista em áudio – aqui.)
Felipe Moura Brasil ⎯ http://www.veja.com/felipemourabrasil
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Tags: Cuba, Dilma Rousseff, ditadura, escravo, esquerda, Foro de São Paulo, Lula, Mais Médicos, Nicolás Maduro, Silvio Grimaldo, Venezuela, Yaumara Perez GarrigaYaumara Perez Garriga, de 30 anos, natural da cidade Las Martinas, em Cuba, chegou a São Vicente, no litoral de São Paulo, em novembro do ano passado com outros três cubanos do programa. O G1 informaque Yaumara, conhecida como “bonequinha” por algumas pessoas da Unidade Básica de Saúde (UBS), abandonou o serviço na semana passada, após ter planejado, com bastante antecedência, a fuga do Brasil.
Em fevereiro desse ano, lembra a reportagem, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, informou que 24 cubanos já haviam deixado o ‘Mais Médicos’ e que outros três estavam desaparecidos. Na época, o ministro considerou que o número era “insignificante”, frente ao universo de 9.549 médicos participantes do programa no país, dos quais cerca de 7.400 vindos de Cuba.
Eu entendo o quão “insignificante” é para um governo que aluga escravos perder algumas dezenas deles em deserções. Basta vigiar melhor os outros e poderemos contar com os serviços deles numa boa, não é mesmo?
Naquele mês, Ramona Matos Rodríguez, de 51 anos, desertou, foi perseguida pela Polícia Federal de Dilma (a serviço dos irmãos Castro) e pediu asilo no gabinete do deputado Ronaldo Caiado, do DEM. Ela disse receber o correspondente a apenas US$ 400 (mais ou menos R$ 968, na época). Outros US$ 600 (R$ 1.452) seriam depositados em Cuba e só poderiam ser sacados no seu retorno ao país. Como calculou então Reinaldo Azevedo: “O restante — R$ 7.580 — engordam o caixa dos tiranos (e pode não ser só isso…). Devem atuar hoje no Brasil 4 mil cubanos. Mantida essa proporção, a ilha lucra por mês, depois de pagar os médicos, R$ 30,320 milhões — ou R$ 363,840 milhões por ano. Como o governo Dilma pretende ter 6 mil cubanos no país, essa conta salta para R$ 545,760 milhões por ano — ou US$ 225,520 milhões. Convenham: não é qualquer país que amealha tudo isso traficando gente. É preciso ser comuna!”
No fim de fevereiro, para contornar a situação em pleno ano eleitoral, o governo anunciou que, em vez dos US$ 400, os cubanos passariam a receber, no Brasil, US$ 1.245 (quase R$ 3 mil), mas, mesmo após o aumento, a ditadura cubana continuou recebendo cerca de 70% do valor pago pelo governo brasileiro, que é de R$ 10 mil mensais por médico, sendo que os profissionais de outras nacionalidades do programa recebem integralmente o salário de R$ 10 mil. Veja matéria do Jornal Nacional – aqui; e da Veja.com – aqui.
Em junho, mais dois cubanos deixaram o ‘Mais Médicos’. Raul Vargas resumiu a situação:
“Para qualquer outro estrangeiro, trabalhar aqui não resulta em qualquer tipo de problema, pode se mover para onde quiser, não está preso em nenhum lugar, como nós estamos, pode convidar sua família, inclusive, para vir visitá-los. Nós, médicos cubanos, não podemos fazer isso porque o salário não dá para trazer nossa família.” E completou: “Não nos deixam sair. Para poder sair, precisamos informar ao nosso coordenador e ele vê se autoriza ou não. Penso que todos devemos ser iguais, regidos pela mesma lei brasileira.”
O trabalho escravo, como se vê, continua firme e forte no Brasil de Dilma Rousseff.
Os médicos do Foro de São Paulo
Silvio Grimaldo descreveu as raízes do ‘Mais Médicos’ em setembro de 2013 no Mídia Sem Máscara, no artigo “Os médicos do Foro de São Paulo“, também indicado no meu resumão sobre a entidade. Eis a verdadeira história dessa aberração da esquerda continental:
(…) Com o colapso da URSS, Cuba teve que procurar outras formas de financiar sua ditadura. Sem indústria, sem agricultura, sem capacidade técnica para explorar recursos naturais, Havana fez da exportação de agentes de saúde a sua principal fonte de renda. Em 1999, Fidel fundou a ELAM, uma escola para a produção de médicos em larga escala, cuja primeira turma recebeu nada menos que 1900 alunos, um exército que seria negociado com os governos membros do Foro numa versão “progressista” do tráfico de escravos.
Os médicos formados pela ELAM se viram impedidos de trabalhar em muitos países devido à sua péssima qualificação, o que prejudicava a circulação da maior commodity cubana. O Foro de São Paulo veio então socorrer Havana, determinando, durante seu XII Encontro, que os partidos membros fizessem “esfuerzos y gestiones en sus respectivos países para lograr homologar o revalidar los títulos con el objetivo de reinsertar nuestros jóvenes en nuestros pueblos”.
No Brasil, o PT tem feitos esses esfuerzos pelo menos desde 1999, quando o partido começou a distribuir bolsas de estudo na ELAM para seus filiados. Em 2003, assim que assumiu a presidência, Lula assinou o “Protocolo de Intenções na área de saúde, educação e trabalho entre Brasil e Cuba”, com o objetivo de estabelecer “as condições necessárias para o reconhecimento recíproco dos diplomas de graduação e de pós-graduação stricto sensu na área da saúde“, obedecendo às diretrizes do Foro de São Paulo. No mesmo ano, o PT enviou ao Congresso o projeto de lei 65-A/2003, que proibia a abertura de novas escolas de medicina e a expansão de vagas nos cursos já existentes, alegando que no Brasil havia médicos demais.
Em 2006, Lula celebrou outro acordo com Fidel Castro para garantir a validação dos diplomas dos médicos formados em Cuba, enviando ao Congresso Nacional uma mensagem em que pedia a aprovação do acordo em regime de urgência. Em 2012, o governo anunciou um corte de R$ 5,4 bilhões no orçamento do Ministério da Saúde, e alguns meses depois Dilma criou a MP 568/12, que previa a redução de 50% nos salários dos médicos federais. A medida, cujo efeito seria esvaziar a área de saúde na esfera federal, afetava 48 mil servidores. A classe médica conseguiu impedir algumas dessas manobras e agora se tornou o bode-expiatório da esquerda, sendo responsabilizada pelos “comissários do povo” por todas as mazelas nacionais, internacionais, naturais, supernaturais, passadas, presentes e futuras.
O que se vê são duas frentes de uma mesma estratégia: a administração ordenada do caos na saúde pública e a criação de justificativas para a importação de médicos cubanos em massa. Essa política, claramente nociva aos interesses nacionais, nada tem a ver com a saúde dos brasileiros e atende somente os objetivos políticos do Foro de São Paulo, do qual nosso governo é um membro zeloso e obediente.
* Nota de FMB: Ver também o artigo de Graça Salgueiro, repleto de vídeos, “Contratação dos médicos cubanos: o que há por trás disso?“, com destaque para este trecho: “Depois de juntar e analisar todos esses dados, me parece que algumas coisas ficam claras. A vinda desses médicos cubanos ao Brasil serve a alguns fins: fazer doutrinação marxista e enaltecer a revolução cubana e, de passagem, enaltecer o governo brasileiro angariando votos para as eleições de 2014.” (Entrevista em áudio – aqui.)
Felipe Moura Brasil ⎯ http://www.veja.com/felipemourabrasil
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