Prezado Vicente Alencar, nossos votos de muita paz!
Seguem abaixo alguns textos elaborados por alguns dos integrantes de nossa equipe de trabalho.
Contamos com sua colaboração para divulgá-los, bem como nossas atividades no Ônibus Itinerante Chico Xavier, desenvolvidas em paralelo com o Centro Cultural Jáder de Carvalho.
Agradecidos, rogamos a Deus por suas bençãos para todos nós!
Estávamos no Centro Cultural Jáder de Carvalho passando o vídeo “A Caminho da Luz”, apresentado por Haroldo Dutra Dias, quando fomos surpreendidos por um pastor evangélico que comentou conosco: “Ouvi duas ou três palavras do expositor, mas convenci-me de sua segurança.”
Em seguida ele adquiriu o livro e o DVD com o mesmo título da palestra e seguiu seu caminho com a intenção de divulgar o conteúdo lá exposto em sua comunidade (Assembléia de Deus).
Diante deste fato, um homem de severo senso crítico para com a Doutrina Espírita, elogiar e aprovar o discurso de outro a quem consideraria em outras circunstâncias um defensor de teorias demoníacas, quedei-me no velho banco da praça frente ao mar para relembrar algumas passagens espíritas.
O que isso significa para o Espiritismo? Foi a primeira pergunta que fiz para mim mesmo. Então por velhos livros guardados na memória abertos por aquela pergunta foram surgindo respostas de um mestre a quem devo grande parte da minha calma em batalhas e uma teimosa vontade de aprender ainda em atividade, mesmo com alguma neve na fronte.
Saltaram da minha mente para um grande painel no espaço invisível para os transeuntes da Beira-Mar, antigas máximas de Kardec, o mestre a quem chamam de “bom senso encarnado”.
O Espiritismo é, pois, o mais poderoso auxiliar da religião. Uma vez que é assim, é porque Deus o permite para reanimar as nossas esperanças vacilantes e nos reconduzir ao caminho do bem, pela perspectiva do futuro.
Observai a multiplicidade de meios por que a ideia se espalha e penetra em toda parte; crede que esses meios não são fortuitos, mas providenciais.
O que, à primeira vista, poderia ser-lhe prejudicial é exatamente o que lhe auxilia a propagação.
Ride das declamações vãs: deixai que falem os dissidentes, que gritem os que não podem consolar-se de não serem os primeiros; todo esse arruído não impedirá que o Espiritismo prossiga impertubavelmente o seu caminho. Ele é uma verdade e, qual rio, toda verdade tem que seguir seu curso.
Quando o painel se apagou meus olhos continuaram brilhando como se eu tivesse encontrado o paraíso. Na verdade o carrego comigo e sempre me surpreendo com o seu acrescido valor frente as mais diversas situações da vida. Levantei-me do banco e pensei alto: ganhei o dia! Mas a mente, essa inquieta e insistente questionadora replicou: ganhou a vida. Quem carrega tesouro assim encontrou a coroa da vida.
Em nome do Clelio, agradecemos pela atenção e gentileza!
Muita paz!
Fraternalmente,
Luiz Gonzaga Pinheiro.
LÁTEGO DE LUZ
Guardadas as devidas proporções de tempo e espaço, vimos na av. Beira-Mar, domingo dia 23 de fevereiro de 2014, por volta das 21:30 hs, os palhaços de rua, que antes procuravam interferir em nosso trabalho, saírem em passos apressados, afastando-se da luz emanada pelo Centro Cultural Jáder de Carvalho.
A observação deste fato nos fez questionar acerca da possibilidade de que Jesus, a mansidão, o amor, o compassivo, o piedoso pudesse ter tomado de um azorrague e, em ímpetos de cólera, castigasse fisicamente os seus irmãos, dizendo: “A casa de meu Pai é casa de orações e não covil de ladrões?”
Não, certamente!
Colocai nas mãos do Divino Mestre um látego de luz: imaginai-o mostrando-se, em toda a sua realeza, diante dos profanadores do templo; fazendo a turba dos mercadores caírem por terra, atônitos e confusos, perante a luz que se irradiava do Divino Nazareno, e assim tereis o azorrague de que se serviu Jesus!
Francisco Clelio Cavalcante
UM DERRAMAR DE LÁGRIMAS SONOROS
Calçadão da Beira-Mar, em frente ao Náutico, Fortaleza-CE,
18/fev/2013-19hs
Estava eu procurando um local apropriado para o funcionamento do Centro Cultural “Jáder de Carvalho”, quando vejo junto ao Agrale um cidadão de meia idade, estatura mediana, violão a tiracolo.
Ele já havia compulsado e escolhido o livro “Chico Xavier-um mandato de amor” de Geraldo Lemos Neto.
Admirado do violeiro, perguntei-lhe:
“Amigo, o que o trouxe ao Agrale?”
Respondeu-me: “Venho do cemitério onde acabo de enterrar minha mulher! Desesperado, lembrei-me de Chico Xavier. Por isso, vim para cá...”
Conversamos mais um pouco.
Ele levou o livro e igualmente lembrei-me da dor do escritor Machado de Assis quando perdeu sua querida Carolina:
À CAROLINA
“Querida, ao pé do leito derradeiro
Em que descansas dessa longa vida,
Aqui venho e virei, pobre querida,
Trazer-te o coração do companheiro.
Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro
Que, a despeito de toda a humana lida,
Fez a nossa existência apetecida
E num recanto pôs um mundo inteiro.
Trago-te flores, - restos arrancados
Da terra que nos viu passar unidos
E ora mortos nos deixa e separados.
Que eu, se tenho nos olhos malferidos
Pensamentos de vida formulados,
São pensamentos idos e vividos.”
Amigo Geraldinho, quando você estiver triste, lembre-se de que seu livro “Chico Xavier-Um mandato de amor” tem consolado inúmeras pessoas pelo Brasil afora, como o violeiro do Agrale.
Estou mandando a foto do Agrale e o texto do Cid Carvalho em anexo.
De seu amigo de sempre,
Clélio
TORRE DE LUZ
Qual farol ao longe, indicando em denso nevoeiro o caminho ao marinheiro no mar proceloso, assim a luz altaneira da Torre do Náutico se destaca em meio à opacidade da bruma que envolve a cidade e as vozes daqueles que entoam a canção suave do jardineiro fiel ao Pai, se eleva ao burburinho dos transeuntes indiferentes...
Prossigam neste mister, acendendo essa lâmpada que deverá varar as mentes ainda obscurecidas pelas mundanidades, em detrimento dos valores imperecíveis do espírito imortal.
Irmãos ainda envoltos na matéria pesada e enlevados por suas ilusões, deixam-se embalar pelas veleidades e vacuidades que os prazeres excessivos ofertam a muitos já no ocaso da existência.
Assim, essa pequenina lâmpada acesa na Torre, é o farol que Jesus abençoou para assistir, auxiliar a esses irmãos, procurando preparar-lhes e a todos nós, para as verdadeiras paragens da Vida e as injunções de suas Leis inexoráveis a que todos estamos sujeitos: a Lei de Amor expressa na fraternidade.
Com a paz de Deus pelo dever retamente cumprido, sigamos adiante, confiantes no valor do trabalho, expressão da caridade.
Um amigo
Fortaleza, 14 de fevereiro de 2014
Monica alves
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