Aviso muito importante para todos os brasileiros, lamentável que não tenha gerado o eco esperado.....
Homem polêmico, porém corajoso, Barbosa fez de tudo para evitar que um dos pilares da democracia perdesse sua credibilidade. Não conseguiu. Perdeu ele, perdemos nós. Apagou-se uma luz.
O veredito do Supremo Tribunal Federal, que absolveu os réus do mensalão do crime de formação de quadrilha, foi o colossal equívoco que produziu reação inusitada naquela Corte que vai entrar para os anais de sua história.
O presidente da Casa - profundo conhecedor dos motivos que chegaram a tal decisão - com semblante de máximo desânimo e voz embargada dirigiu-se ao país: “... Sinto-me autorizado a alertar a nação brasileira de que esse é apenas o primeiro passo...”.
A atitude do ministro Joaquim Barbosa não foi só o desabafo de quem viveu os acontecimentos que culminaram com o resultado anunciado, que não se resumiu a uma simples pizza.
A situação é muito mais dramática do que parece. O Ministro falou bem claro que “uma maioria de circunstância formada sob medida” foi alcançada quando da nomeação dos últimos dois ministros pela presidente Dilma. Eles substituíram, por motivo de aposentadoria, outros dois que condenaram os réus pelo crime de formação de quadrilha, que resultou no placar de 6x4.
O veredito inverteu-se quando foi julgado o recurso interposto pelos réus diante da nova composição da Corte que “entendeu”, por maioria de votos, que o bando do mensalão não formou quadrilha.
Barbosa deixou transparecer que a nomeação dos ministros teria sido condicionada ao compromisso de se absolver os réus por gente que atue de acordo com os interesses do partido. Foi a ocupação do Tribunal.
Pelo seu raciocínio, o STF prostrou-se de joelhos diante do Executivo a partir do momento em que se transformou em Tribunal político, muito parecido com o que vem acontecendo na Venezuela.
Desde que assumiu o poder, o PT nomeou oito dos onze ministros que compõem o Supremo. Nos próximos quatro anos, se assim continuar, poderá nomear outros cinco, substituindo até alguns nomeados pela legenda, que não se submeteram ao cabresto ideológico. Diante desse quadro preocupante, o alerta do presidente da Corte precisa ser levado a sério.
Vale lembrar que o Poder Judiciário é um dos três pilares que sustentam as democracias plenas. E, como tal, precisa ser independente. É o esteio que tem por objetivo defender o Estado de Direito.
Sem ele descambaríamos para a ditadura, modelo de governo onde a palavra justiça é letra morta. É a arena que dá aos amigos a permissão para atos lesivos, enquanto ao povo exibe os artigos da lei.
Neste ano teremos eleições. Cabe a você (e) leitor escolher o que é melhor para o Brasil: Uma democracia plena ou a marcha da insensatez – como a do modelo bolivariano - que está deixando a Venezuela em frangalhos, que o PT apoia e deseja imitar....
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