Melhor é matar muriçoca
Na verdade, nem liminar, nem sentença ou até mesmo acórdão se sustentam
se tiverem como base de apoio a derrubada de castanholas, por não fazerem parte
do ecossistema. Elas são tão terrificantes, que nem uma outra planta nasce debaixo
das suas sombras. Além disso, aquele local jamais foi terreno de marinha.
Naquele
local serão construídos dois viadutos para desafogar o tráfego de veículos,
justamente no cruzamento das avenidas Antônio Sales e Engenheiro Santana Júnior.
Melhor seriam úteis se estivessem procurando matar a peste da muriçoca que
abundam todo Vale do Cocó. Muitas delas são preto e branco, ou seja, as
portadores da dengue, que já mataram tanta gente e vão continuar liquidando
mais outras pessoas. Daí o risco que estão correndo aquelas pessoas dormindo
naquelas cercanias, pois são chupadas a noite inteira pelos terríveis
insetinhos.
Deixem
os nossos governantes trabalharem, em prol da sociedade, e, porque não dizer,
do bem comum.
O pior
de todos os nossos males, é a impunidade, que o gênio do mal criou, quando
desmantelou o sistema penal, deixando apenas a polícia para cuidar da ordem
pública. E incorreu num grande erro, pois isso só daria certo se fossem dois
soldados para cada pessoa, hipótese humanamente impossível.
Amigos,
defensores das florestas, por que razão não vão para a Amazônia onde todos os
dias são derrubadas centenas e centenas de árvores que fazem parte do nosso
ecossistema?
Nosso
amigo e ex-aluno Oscar por que não aconselha a essa gente a deixar de lhe
importunar? Você sem a lei não vai para canto nenhum. Só se agiganta quando tem
a cobertura da norma jurídica impostergável e indiscutível.
Daí
por que lhe sugiro que, ao invés de tentar atender aos seus malucos perdidos,
convença-os a irem trabalhar, ou, por outro lado, a matarem muriçocas.
No
entanto, há um campo para elas desempenharem com melhor proveito, ou seja,
ajudar a Polícia a desarmar os bandidos que estão por aí a matar homens de bem,
trabalhadores e até mesmo jovens indefesos, na certeza de que a impunidade
garante os seus atos, e ainda tem em seu prol a bolsa-detenção deixada pelo Gênio
do mal.
Aqui
vai outra sugestão: por que vocês não vão para nossas fronteiras à procura de
impedir a entrada de drogas ilícitas?
As
drogas tem sido o pior mal deste século. Já pensaram, jovens dorme-dorme da
margem do Rio Cocó, quantas pessoas estão pouco a pouco sendo tragadas pelos
vícios dessas malditas ervas?
Gente!
Deixem o Cocó aí, vocês só estão servindo mesmo de banquete para as muriçocas!
Edgar Carlos
de Amorim
Desembargador
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