Antonio de
Albuquerque Sousa Filho*
Situada à distância de 300 km de Fortaleza, a
Ibiapaba é uma região composta por oito municípios muito próximos (Viçosa do
CE, Tianguá, Ubajara, Ibiapina, São Benedito, Guaraciaba do Norte, Carnaubal e
Croatá), dotados de infraestrutura de estradas, eletricidade, comunicações,
água, com cerca de 300 mil habitantes. Produz frutas, verduras, flores, café,
pimenta do reino, mel de abelhas, cachaça e outros itens agroindustriais.
É uma região
que apresenta forte potencial turístico pelo clima ameno propiciado pela
vegetação e altitudes que variam entre 700 a 900 metros, sendo cercada de belezas
naturais como a gruta de Ubajara, cachoeiras do Boi Morto e do Frade, Pedra do
Itagurussu; formações eólicas como o Castelo de Pedras, Pedra do Machado, sítios
com atrações típicas e casarões históricos da Praça Clovis Beviláqua (Viçosa), onde
está situada a igreja mais antiga do Ceará.
A Ibiapaba já teve
no passado significativos investimentos governamentais: asfaltamento da CE-187, bondinho de Ubajara e
hotéis (governo Cesar Cals); construção do açude Jaburu (governo Virgílio
Távora); adutora da Ibiapaba (governo
Ciro Gomes); plantio de flores para exportação
(governo Tasso Jereissati). O governo de Lucio Alcântara asfaltou a
estrada Viçosa-Cocal e o de Cid Gomes a Estrada Granja-Viçosa, além de Escolas
Profissionalizantes.
Em que pese terem sido iniciadas a
construção de Policlínica de Tianguá e a ampliação do aeroporto de São
Benedito, falta ao governo ampliar ações
que envolvam a coletividade, tais como promover a construção do açude Lontras
(dado o esgotamento da capacidade do Jaburu), a duplicação da CE-187, necessárias
obras de saneamento, construção de Hospital Regional, instalação de Campus Universitário, Plano de
Desenvolvimento Integral e a construção
de estradas vicinais, de fundamental importância para o escoamento da produção. É, portanto urgente que os naturais da terra que se
destacaram nas mais diversas profissões e áreas de atuação contribuam para
superar uma lacuna que em muito parece se dever à falta de lideranças políticas
que trabalhem além de visões paroquiais, com atitudes empreendedoras
e pró-ativas.
*Engenheiro-Agrônomo e Professor da UFC.
(Publicado no jornal O Estado de 27/8/2013)
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