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Vicente Alencar

sábado, 3 de novembro de 2012

Líder do PT diz que Marcos Valério é uma 'pessoa desqualificada'


01/11/2012 - 16h49
Líder do PT diz que Marcos Valério é uma 'pessoa desqualificada'  
CÁTIA SEABRA
DE SÃO PAULO
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Jilmar Tatto, disse nesta quinta-feira (1º) que o empresário Marcos Valério "é uma pessoa desqualificada" para falar sobre o julgamento do mensalão e "não merece um mínimo de crédito".
Ao comentar suposto depoimento de Valério à Procuradoria Geral da República, Tatto afirmou que Valério já foi condenado e "provavelmente estará na cadeia nos próximos meses".
"Portanto, hoje é uma pessoa mais desqualificada para emitir qualquer opinião a respeito dele e dos outros", disse.
"Ele teve oportunidade de dizer as coisas e agora, no momento em que foi condenado, fala qualquer coisa. Não merece e o mínimo de credibilidade", completou.
O petista disse que o "ex-presidente Lula é uma pessoa honrada, que só fez o bem do Brasil".
O deputado descartou que essa seja uma tentativa de Valério de chantagear o PT, porque as relações do partido com ele são amplamente conhecidas.
"O PT pagou um alto preço por ter relação com esse senhor. Esse alto preço agora chega. Já pagamos nossos pecados"
DEPOIMENTO
Reportagem publicada pelo jornal "O Estado de S. Paulo" afirma que Marcos Valério, apontado como o operador do mensalão e condenado pelo STF, prestou novo depoimento ao Ministério Público Federal no fim de setembro e citou o ex-presidente Lula e o ex-ministro Antonio Palocci.
O depoimento feito por Valério é mantido sob sigilo. Segundo o jornal, o empresário mencionou outras remessas de recursos para o exterior, além das que foram feitas para o publicitário Duda Mendonça, que trabalhou na campanha de Lula em 2002 e foi absolvido pelo Supremo no processo do mensalão.
Ainda segundo a reportagem, Valério afirmou que poderá dar mais informações sobre suas acusações se for incluído no programa de proteção à testemunha. O empresário alega ter sido ameaçado de morte.
O pedido de inclusão ao programa de testemunhas foi formalizado com o envio de um fax ao STF no fim de setembro, como revelou a revista "Veja".
Se tiver seu pedido atendido, Valério poderia se livrar da prisão, já que pessoas que fazem parte do programa precisam mudar de nome e vivem em local sigiloso.
Valério foi condenado no STF por formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato e lavagem de dinheiro. Suas penas do julgamento do mensalão somadas passam de 40 anos. Como a soma supera oito anos, o empresário deve cumprir parte da pena em regime fechado.

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