TAMBORES
DE GUERRA
Coreia,
Ucrânia, Síria, Irã, Mar Meridional da China ameaçam a paz. Avaliar a situação consultando
a História. A I GM eclodiu quando o Reino Unido e a França estavam perdendo
terreno para a Alemanha, que por sua vez temia o fortalecimento da Rússia. Era
preciso derrotar a aliança franco-russa antes que fosse tarde, diziam os
generais alemães. O equilíbrio de poder estava ameaçado. A disputa por áreas de
influência entre as potências representa perigo. O desmoronamento iminente do
império Otomano e do império dual da Áustria e Hungria abriu uma corrida entre
as potências pelo espólio destes dois moribundos. A conivência da Sérvia com o terrorismo,
culminando com o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando levou à guerra.
Lideranças despreparadas, dadas a bravatas, como o imperador Guilherme II, da
Alemanha, também contribuiu. O nacionalismo foi o combustível da I e da IIGM.
A
III GM foi evitada. Os líderes dos dois lados da guerra fria concordaram quanto
aos limites das suas áreas de influência na Europa. Tal acordo não alcançou o
terceiro mundo, onde se deram as guerras quentes da guerra fria. A memória
pessoal da IGM e IIGM também esfriou os ânimos. O mundo se dividiu em dois
blocos, facilitando o entendimento. As lideranças do período posterior à IIGM
não eram tão medíocres.
A
I e IIGM foram precedidas por grande exaltação na política interna nas
potências. Após a IIGM havia cansaço, sem tanta exaltação. A memória dos
horrores da IIGM nas grandes potências, hoje, está se extinguindo juntamente
com a geração que viveu o grande conflito. As lideranças atuais são medíocres. O
nacionalismo está forte. O mundo tornou-se multipolar, dificultando o
entendimento. Não existe acordo sobre os limites das áreas de influência das
potências. O equilíbrio de poder entre as potências está ameaçado pelo súbito
fortalecimento da China, declínio dos EUA e a proliferação nuclear. A única
barreira é a bomba atômica. Todos temem a hecatombe nuclear. Mas uma fagulha
pode provocar um incêndio incontrolável.
Fortaleza,
07 de maio de 2017
Rui
Martinho Rodrigues
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