Na Hipocrisia do mundo você se descobre,
e, se encontra, quando vive um grande amor
Vicente Alencar

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Água e Mentiras

AS MENTIRAS DE DILMA SOBRE A ÁGUA 1 – Presidente volta a demonizar o governo de SP; alô, tucanos: a guerra já recomeçou. Hora de se apresentar para a luta


Já está desenhada uma estratégia, isto é visível, e é bom que o PSDB acorde. O alvo do governo federal, de Dilma Rousseff e do PT é São Paulo. Eles não engoliram as múltiplas surras eleitorais que a população do Estado aplicou ao partido. Querem vingança. Querem sangue. Esses valentes não convivem bem com quem lhes diz “não” e com quem cumpre sua função e noticia o que eles não gostam de ler. O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG); o governador reeleito de São Paulo, Geraldo Alckmin; o senador Aloysio Nunes Ferreira e o senador eleito pelo Estado, José Serra, já podem desensarilhar as armas para defender a população que os elegeu e, claro!, também para atacar. Afinal, como reza o adágio latino, “si vis pacem, para bellum”: se queres a paz, prepara a guerra.
Dilma acaba de conceder mais uma entrevista, desta feita a Ricardo Boechat, da Band. Quer dizer: não foi bem uma entrevista. Dilma falou o que bem quis, lidou com fatos e números como lhe deu na telha, fantasiou, mistificou à vontade, sem contestação. Na verdade, até recebeu alguma ajuda, com uma pauta pensada para que ela atacasse os tucanos de São Paulo. Eis a presidente que quer unir todos os brasileiros.
A presidente, repetindo o que disse na entrevista à Record, insiste em disputar o quarto turno da eleição — o PT já perdeu no primeiro turno para o governo do Estado e em dois turnos para a Presidência — e em jogar nas costas do governo de São Paulo a crise hídrica. Falou, diante do silêncio colaborativo do entrevistador, que o Nordeste viveu a maior seca em 70 anos e que o governo federal socorreu com cisternas e seis mil carros-pipas. A sugestão era que o mesmo poderia ter sido feito por São Paulo se Alckmin pedisse. Será que esta senhora tem a noção, ainda que ligeira, de quantos carros-pipas seriam necessários para suprir deficiências deste Estado?
Mas embarco na sua hipótese: Guarulhos e Mauá, para citar dois municípios da Grande São Paulo, são administrados pelo PT, não são atendidos pela Sabesp e hoje sofrem com o racionamento. Por que, então, Dilma, não se apressou em fazer acordos com os respectivos prefeitos, aliados seus? Por que não manda seus carros-pipas? Por que não fez suas cisternas? Não precisava da concordância de Alckmin para isso. É patético.
Falou, ou por má-fé ou por ignorância convicta, que o governo federal financia as obras do Sistema Produtor de São Lourenço. Deve ser bom dar uma entrevista como quem emite um release. Dilma tem dito por aí que a CEF liberou financiamento de R$ 1,8 bilhão para a obra. Mentira. Comecemos do começo. O edital para a obra é de 8 de novembro de 2012, anterior à crise hídrica. O contrato com o consórcio vencedor — Andrade Gutierrez e Camargo Correa — foi assinado no dia 21 de agosto de 2013. Trata-se de uma PPP, uma parceria público-privada, sem um tostão de dinheiro federal. Se as duas empreiteiras conseguiram, em razão do contrato, dinheiro da CEF, o governo do Estado não tem nada com isso. O que se tem é a Caixa fornecendo empréstimos a empresas privadas.
Há outras mentiras graves nas quais Dilma insiste, de que vou tratar em outro post. Foco esses aspectos porque foi a sua linha de argumentação na entrevista-nota oficial concedida à Band. É fácil falar quando o interlocutor ou não está disposto a contraditar ou não dispõe das informações técnicas “no que se refere”, como diria Dilma, ao assunto.
Sim, escreverei um outro post sobre as mentiras. O fundamental é chamar a atenção dos tucanos para o fato de que São Paulo está na mira dos petistas, de que a presidente está com sede de retaliação e de que os petistas querem se vingar do Estado, dos eleitores e dos adversários.
Por Reinaldo Azevedo
Tags: DilmaSão Paulo


Reconvenção. Estou processando o PT nacional

Publicado em 24 de outubro de 2014 às 16:52 hs.
Reconvenção é um instituto de direito processual, pelo qual o réu formula uma pretensão contra o autor da ação.
protocolo3É exatamente isso que decidimos fazer, eu e o Dr. Fabiano Rabaneda, meu advogado, na ação que o PT Nacional move contra mim, onde pede indenização de R$ 50 mil por dano moral. Meu crime, segundo a ação? Dizer em meu programa na TV Pantanal que o PT formou uma quadrilha para saquear a Petrobras.
Reconvenção: É uma ação judicial onde o réu, em sua defesa, move contra o demandante, no mesmo processo e juízo em que é demandado. Assim sendo, o réu, que julga ter motivos acusatórios contra o demandante, passa também a ser demandante.
E convenhamos, o que não falta a mim e a pelos menos metade da população brasileira, são motivos acusatórios contra o PT, que institucionalizou a roubalheira no Brasil, que vem desqualificando as instituições democráticas, solapando o patrimônio público e embolsando descaradamente o dinheiro dos brasileiros.
Aqui você pode ler a minha defesa, aqui a reconvenção e  aqui a íntegra da ação do PT nacional.

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