REYNALDO
ROCHA
Depois de
um período sabático no qual o que efetivamente assusta se faz presente, é hora
de voltar a enfrentar os anões que perdem o chão a cada dia que passa. O
alvo – surpresa! – é Aécio Neves.
Creio ser
este apenas o começo. Desde 2011, o Ministério Público analisa o caso da
construção da pista de pouso na fazenda que pertencia a um irmão da avó
materna do ex-governador mineiro e sequer convocou alguém para depor.
Seria o MP tucano? Foi errado comprar por R$ 1 milhão a terra pela qual o dono
exigia R$ 9 milhões – e que foi à Justiça em busca do ressarcimento que considera
justo? Ou seja, Aécio pagou 1 em vez de 9. O oposto da refinaria Abreu e Lima e
da sucata de Pasadena.
Quando
serão publicadas notas ainda mais pesadas e voltadas também para a vida privada
do candidato à Presidência? Afinal, não há limites pra quem jamais os teve.
Nós, por
aqui, pedimos há mais de um ano que Lula explique ao menos o caso da amante
mantida com o NOSSO dinheiro. Mas não ouvimos sequer uma palavra. Há
quanto tempo aguardamos esclarecimentos sobre Lulinha, o “ronaldinho das
finanças”, alçado do cargo de tratador de elefantes no zoológico para sócio da
OI? E Erenice Guerra e família? Esta terna senhora, ex-ministra da Casa
Vil, que hoje insiste em ser lobista em Brasília e é atendida pelo governo em
suas demandas?
Quantos
aeroportos em Cláudio custou a reforma da Base Naval que Dilma Rousseff
requisita uma semana por ano para curtir o verão baiano ao lado de
parentes? E a parada do AeroDilma em Lisboa para um jantar?
Hipocrisia,
seu nome é PT. Que debatam ideias e propostas. Que se faça um balanço da
economia em frangalhos, da inflação elevada, da importação de gasolina, do
roubo na Petrobras, do Rio São Francisco sem transposição, das ferrovias
iniciadas e abandonadas, do legado imaginário da Copa, do Minha Casa, Minha
Vida que desaba, dos médicos escravos que recebem 20% do que valem e são
proibidos de sair de casa até para conversar com vizinhos, do governo fatiado
entre Paulo Maluf, Jader Barbalho, Newton Cardoso, José Sarney, Renan Calheiros
e outras ratazanas de menor porte.
Vamos
passar o Brasil a limpo amparados em números e DADOS. Vamos discutir o IDH, a
nossa colocação no campo educacional, a inexistência de uma política social e o
planejamento econômico e industrial. Vamos discutir os aportes financeiros
que beneficiaram Cuba e Venezuela com dinheiro público via BNDES enquanto
continuamos morrendo nas estradas e arcando com um custo Brasil que impede
exportações.
Mas, caso
queiram discutir ÉTICA – o que muito me agrada –, estamos prontos. Desde a
figura abjeta de Rosemary e seus encantos recompensados com o MEU DINHEIRO, até
o Lulinha e seus milhões, passando pelo uso de jatos executivos de empreiteiras
para fazer lobby mundo afora. A ética que faz com que Maluf seja endeusado e
Sarney, eternizado. Que entrega ministérios a quem não tem competência sequer
para ser garçom de botequim, que tem como vice-presidente um André Vargas
e como deputado um ex-presidiário que se reúne com integrantes de uma facção
criminosa.
Não nos
assusta comparar fatos, pessoas, biografias. O que assusta é que, passados
quase doze anos, o PT insista em MENTIR e tentar reescrever a história – onde
está condenado a figurar como nota de rodapé ou estudo acadêmico sobre
ramificações do caudilhismo latino-americano – e finja não enxergar o índice de
rejeição de 50% que atinge Dilma Rousseff.
Esse
número define nosso futuro. Até lá, precisamos suportar os argumentos
infantis e a baba que escorre da boca dos esquerdistas nos bairros nobres das
capitais, sonhando com uma boquinha em algum gulag imoral.
E
suportaremos. Falta pouco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário