COLUNA DO VICENTE ALENCAR
Nº 323 - 28 DE JANEIRO DE 2013.
2ª FEIRA. FORTALEZA - CEARÁ - BRASIL
GALINHEIRO NO ESTÁDIO CASTELÃO
No verdadeiro "galinheiro" que foi destinado
aos radialistas e jornalistas, principalmente, aos radialistas com
seus microfones, mesas de som, fones,
equipamentos dos mais diversos, registramos muita
coisa ruim:
1 - Uma bancada que parecia um balcão de bodega,
nos subúrbios de Fortaleza antiga. Um verdadeiro
"galinheiro". Não acreditamos que tenha sido projetado por
um engenheiro ou arquiteto.
2 - Apenas, uma táboa de aglomerado sobre um pé de
ferro, em um aperto terrível.
3 - As cadeiras, colocadas num aperto enorme, por
absoluta falta de espaço.
4 - Por sorte, muita sorte, não se verificou um grande
problema.
5 - Técnicos das Emissoras de Rádio (dezenas) se
esforçavam com outros de Companhias telefônicas.
6 - Fita crepe foi um material muito utilizado. Já
pensou? Colar material elétrico com fitas crepe!
7 - Improvisação foi o que mais se viu no CASTELÃO.
8 - Cada um dos radialistas, técnico, locutor, auxiliar
ou qualquer profissional, sofrendo para trabalhar.
9 - A falta de atenção para conosco era grande. Ninguém
sabia informar absolutamente nada as nossas indagações.
10 - Cada radialista era um GARRINCHA improvisando o
seu espaço.
11 - Lamentável sobre todos os aspectos. Quem não
reclama, é porque concorda com o errado. O que é triste dizer!
12 - Não existia, nas proximidades uma CANTINA sequer.
13 - Profissionais como César Augusto e Jones Cavalcante levaram suas refeições de casa, pois , já sabiam por antecipação
o que estava por acontecer, o que iria acontecer.
14 - O narrador Jota Egito levou um ventilador. Creiam, um
ventilador. O calor onde os radialistas se encontravam no "galinheiro" superava os 35 graus.
15 - Equipamentos sobre caixotes, num estranho jogo de
equilíbrio. Mas, já que nos deram um "galinheiro" nós tinhamos
que cantar de Galo. É aquela velha história: se você ganha um LIMÃO faça uma limonada.
16 - Tudo isso para levar a informação aos ouvintes do
o mundo, pois, a grande maioria das Emissoras estava na
Internet.
17 - E, agora, prestem bem atenção para o pior:
* Se diante de tudo o que foi visto e registrado por
fotografias, inclusive, de colegas de PERNAMBUCO e da
BAHIA, houvesse um curto-circuito poderia se repetir a
tragédia de SANTA MARIA, pois, escutem e escrevam,
prestem atenção: não havia nenhum EXTINTOR nas
imediações da BANCADA. As fotos registram.
18 - E, tem mais:-
Os repórteres de campo não puderam fazer seu
trabalho, na borda do gramado, pois, a poderosa FIFA,
embora o evento de ontem fosse da CBF, não permite
a entrada de repórteres de rádio em campo.
Os SEGURANÇAS se aproximavam dos repórteres, empurrando a todos eles, não permitindo que ficassem junto
aos possíveis entrevistados.
Detalhe importante: não apareceu nenhum assessor de
Imprensa da Empresa que arrendou o Estádio Governador
Plácido Castelo, o Castelão, para levar uma palavra de apoio
aos colegas agredidos.
Continue lendo:
Esses chamados protetores ou SEGURANÇAS fazem a
segurança, ninguém sabe de quem, mas, a nossa INSEGURANÇA.
A INSEGURANÇA dos radialistas e jornalistas, repórteres fotográficos e outros profissionais de IMPRENSA.
Um lembrete: "Jornalista e Radialista trabalha com notícias,
com fatos, com notícias, PICARETA trabalha com fofoca e má
informação".
VICENTE ALENCAR
Editor do Jornal dos Esportes
do Jornal ACADEMUS,
do Jornal Café Literário,
Colunista do Jornal ESCANTEIO
e amigo da verdade.
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