SAUDAÇÃO AO PROFESSOR GONZAGA MOTA

 09 DE DEZEMBRO DE 2021

TEXTO DE VICENTE ALENCAR

SAUDAÇÃO AO PROFESSOR GONZAGA MOTA

Um bom aluno nos Cursos Primário, que já não existe, Curso Ginasial, também, e Científico a mesma coisa. O tempo passa, as coisas mudam e, hoje, mais rapidamente do que nunca. Chegando à Faculdade de Economia, através do tradicional Exame Vestibular, que já sofreu várias alterações. Depois, a amplidão da carreira, do mundo. Técnico de alto nível, do Banco do Nordeste, Professor da Universidade Federal, Secretário de Estado e, em plena juventude, amadurecendo de maneira tranquila, chega ao Governo do Estado do Ceará, ao seu mais alto cargo, sem anteriormente, ter disputado nenhum outro, dentro da política, seja Vereador, Deputado ou Prefeito.

Na década dos 40 anos, alcança o Governo do Estado, diante da admiração de familiares e dos verdadeiros amigos, despertando  a ira dos invejosos, que existem em todos os lugares, até mesmo na família, de cada pessoa. Ser Governador do seu Estado é, sem dúvida, um prêmio, pois, ao seu lado, sob o seu comando

de uma maneira geral, seus có-estaduanos estão acompanhando sua liderança.

O sucesso é grande, mas, no Nordeste e, no nosso Ceará, velho de guerra, tivemos as secas

de 1777, a de 1888 e a de 1915, com Raquel de Queiroz, fazendo chegar O QUINZE, livro tão conhecido de todos nós.

2. Se fossemos enumerar todas as grandes secas,

gastaríamos muitos minutos. Mas, quando o moço chega ao Governo, se depara com uma quadra difícil, bem difícil. Ele, no entanto, carrega consigo a inteligência tão necessária para se sobreviver, numa terra, cantada em Prosa e Verso, como vítima da seca terrível. Foi uma jornada árdua, 4 anos de muito trabalho, muito suor, muitos pedidos. Tão difícil que, na reta final, teve que utilizar uma frase muito usada hoje e, que, naquele tempo não existia: ele teve que se REINVENTAR.

Sim, o Governador que, depois de sua brilhante performance com sua equipe, ganharia mandatos de Deputado Federal, graças ao entusiasmo do seu trabalho, criou a GONZAGUETA. Uma saída que, somente um brilhante Economista poderia criar. Agiu como se estivesse criando um dinheiro novo, uma moeda nova. Sem saída, face as dificuldades de arrecadação, criou a boa nova para os Servidores Públicos em dificuldades. E deu certo.

Outros Governos seguiram o mesmo caminho.

Mas tudo isso é passado. E honroso. Na saúde, ficaram para sempre os GONZAGUINHAS. Hospitais que marcaram época e resistem ao tempo. E, por muito tempo continuarão.

3. Estamos aqui, seus amigos, para homenageá-lo. Se fosse falar no Poeta, no Professor, no Escritor, no criador de Bibliotecas, no marido apaixonado, no pai carinhoso, no avô feliz, também bisavô,  no homem realizado, no acadêmico que, pertenceu ao Instituto do Ceará. Sócio Honorário da Academia Cearense de Letras, no meu colega, da Academia Cearense de Retórica, entidade que tenho a honra de presidir e de outras Casas de Cultura do Ceará.

Não, não estamos a desfilar a biografia de um homem que, faz parte da História do Brasil, numa fase chamada de Redemocratização, quando foi lembrado, inclusive, para ser Candidato a Vice Presidente da República. Esteve ao lado de consagrados nomes da política nacional, mas, sentiu que sua missão estava cumprida.

Hoje, seu trabalho de Livreiro, fazedor de Bibliotecas comunitárias, sem nada ganhar

ou pedir para isso, atua no imaginário PARTIDO DA EDUCAÇÃO E CULTURA. Por isso  mesmo,

este relato é sobre LUIZ GONZAGA DA FONSECA MOTA, o nosso prezadissimo GONZAGA MOTA, o aniversariante de hoje. Parabéns GONZAGA por sua vitriosa existência!

va.-

09.12.2021 Fortaleza-CE.