SONETO
CALADO
Toni Ferreira
(Poeta cearense radicado em Belém-PA)
Calado no silêncio noturno
De tristes e profundos desenganos,
Nos quais meus delírios soturnos
Provocam os suspiros mais profanos.
Talvez seja o meu tempo já passado
Que vem nos pesadelos escondidos
Deste meu coração bem devassado
Por todos esses planos despedidos.
Vivemos do silêncio sepulcral
Dos filhos do desprezo em apuros
Mas que ainda acreditam no amor.
Nesse ambiente busco o meu astral
Nos caminhos abertos e futuros,
Despovoados num jardim sem flor.
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