O DISCURSO FUTEBOLÍSTICO A SERVIÇO DA POLÍTICA PARTIDÁRIA
Há muito, venho observando a presença de imagens e filosofias encantatórias oriundas do futebol brasileiro (a paixão nacional) a serviço da sedução do povo brasileiro, em sua maioria: excluídos socialmente. São políticos de diferentes partidos que buscam conquistar as massas menos escolarizadas via paixão futebolística que abraça as comunidades de “a” a “z”.
Com habilidade de mestres da comunicação de massa, os políticos passam do discurso “economês” para o resvalar no “futebolês” que é a linguagem geral do povo brasileiro, a fé maior. Quase todos os brasileiros dominam o desenrolar de dramas e comédias vivenciadas pelos campos de futebol do Oiapoque ao Chuí.
Quase todos os brasileiros adotam a língua geral futebolística a deitar raízes em inúmeros jargões e dialetos regionais, mas plena de unidade e eficácia comunicadora. Máximas do futebol são apropriadas pela política partidária, basta lembrar do “em time que está ganhando, não se mexe”. Nesses termos, merece um estudo sociológico de profundidade – tese de doutorado! – a apropriação do discurso futebolístico pela política partidária em busca de conquistar fiéis pelos campos de futebol.
Fiéis, sim, pois o futebol é religião majoritária do Brasil. Nesse contexto, o discurso futebolístico é passaporte para ganhar eleições, para o “se dar bem” junto às massas vitimadas pela exclusão social que contam apenas com o futebol como sua paixão nacional.
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