Poema - Juçara Valverde
PARTIDA PARA DEPOIS
Juçara Valverde
Juçara Valverde
Esse cor inquieto
sem asas para voar
mergulha em mangue seco
tem necessidade de amar.
sem asas para voar
mergulha em mangue seco
tem necessidade de amar.
Apenas o sopro do vento
sem métrica num momento
aprisiona meus compassos
nessa música sem abraços.
sem métrica num momento
aprisiona meus compassos
nessa música sem abraços.
Entretanto deslizo sem freio
escondida no entremeio
de dúvidas embaralhadas
vendo acácias amareladas.
escondida no entremeio
de dúvidas embaralhadas
vendo acácias amareladas.
Junto ao povão, no sertão
abro a porta da esperança
destilo mel e cachaça
à ilusão a escapar da mão.
abro a porta da esperança
destilo mel e cachaça
à ilusão a escapar da mão.
Sou como o sabiá laranjeira
canto de verão, em dezembro
esperando que a vida sorrateira
desfie sonhos que relembro.
canto de verão, em dezembro
esperando que a vida sorrateira
desfie sonhos que relembro.
Era, foi, não sei mais.
Apenas versos escrevo.
Registro sentimentos, meus aís
de saudades que relevo.
Apenas versos escrevo.
Registro sentimentos, meus aís
de saudades que relevo.
Parto e desconheço se chego
vou ou fico, entre dunas, salinas e marés.
Natal, Mossoró terras de milagres
Santa Luzia enxergo, não estou só.
vou ou fico, entre dunas, salinas e marés.
Natal, Mossoró terras de milagres
Santa Luzia enxergo, não estou só.
9/ 12/ 2016
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