O céu está em festa
Usando
um passaporte celestial seguiu ontem para o céu, uma alma santa.
Aqui,
vivia em harmonia com os princípios franciscanos. Seus gestos e palavras eram, sempre,
pigmentados de ternura de bondade e amor. Era-nos um exemplo.
Os
seus últimos dias foram de sofrimento. O leito simples de um hospital foi,
aqui, a sua última morada causando aflição a todos aqueles que o amava. E eram
muitos.
Mas
Deus quis purificá-lo ainda aqui na Terra para que não fosse necessária alguma
escala na sua viagem final. Pois, como é sabido, o sofrimento é um instrumento
da purificação.
Às
18h30h de ontem, dia 24 de novembro de 2013, São Cristóvão o pegou e o levou
com outras almas para um lugar elusivo a todos nós.
Na
viagem, o santo protetor recebe uma mensagem célica autorizando seguir direto
ao céu, sem fazer a escala de praxe, o purgatório, para deixar uma alma santa que
merece estar, ainda hoje, ao lado do Senhor.
As
almas-passageiras se entreolham e indagam buscando saber quem era a alma privilegiada.
__
És tu?
__
Não, eu tenho contas a prestar.
__ Será
aquela?
__ Não,
aquela parece-me ter, também, contas a pagar.
Enquanto
isso, num cantinho encontrava-se, na condução celestial, uma alma magrinha,
pequenina e simples, aguardando humildemente a estação intermediária para, lá,
continuar com mais alguns sacrifícios, em
busca do paraíso eterno.
Lá
chegando São Pedro assim se portou:
_
Vem santinho, há dias te esperamos.
Abriu
as portas do céu e o levou ao Senhor dos senhores. Este o olhou e de braços
abertos falou: Meu filho: abraça-me. Tu cumpriste os meus mandamentos.
Meu
querido Frei Aquino: já que tens residência fixa na morada celestial, vivendo tão
próximo do Senhor, intercede por teus amigos que aqui ainda se encontram e que
são tão vulneráveis ao pecado.
Abilio
Loureço Martins, 25 nov 2013.
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