Na Hipocrisia do mundo você se descobre,
e, se encontra, quando vive um grande amor
Vicente Alencar

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

O DESAJUSTE FISCAL DO BRASIL

O DESAJUSTE FISCAL DO BRASIL
                                                                           Corcino Medeiros
Desde o biênio 1930-31 que o PIB brasileiro não encolhia por dois anos seguidos. Agora 2014-15 e continua com a possibilidade de encolher em 2016 e 2017, o que representará uma perda por quatro anos seguidos; fato nunca ocorrido em toda a história do Brasil. A dívida bruta do Estado apresentou um crescimento de 12,8 pontos percentuais em um ano, atingindo os atuais 66% do PIB (“nunca antes na história deste pais”). O pior é que o aumento do endividamento continuará nos próximos anos, porque o governo federal não está fazendo nada para que inverta o processo. Ao contrário o ajuste fiscal proposto pelo governo tende a agravar ainda mais a situação.
          O governo continua incapaz, por falta de vontade política, de achar o caminho de um ajuste efetivo neste ano e provavelmente no próximo de 2017.
           No estudo feito pelo FMI que deixou a presidenta Dilma estarrecida, apresentou uma relação de 15 países que fizeram ajuste fiscal diminuindo impostos e cortando gastos. São eles: Alemanha, Austrália, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Irlanda, Itália, Japão, Portugal, Reino Unido e Suécia. Além disso, um recente exemplo, aqui junto do Brasil, está acontecendo. A Argentina com o novo presidente Macre, já cortou gastos e diminuiu impostos e o resultado imediato foi o aumento da arrecadação.
                 A presidenta, num discurso de meia hora, em 2015, afirmou ter feito “um ajuste fiscal de dimensão inédita em toda nossa história”. Foi tão inédito quanto inútil. O resultado foi um difícil primário de R$111,25 bilhões para o setor público mais do que o triplo do ano anterior, de R$32.54 bilhões.
   O Brasil ao contrário do resto do mundo, optou por fazer o ajuste sem cortar gastos e aumentando a carga tributária, uma das mais altas do mundo. Continuamos com um monstro criado pelo PT, coisa jamais vista em todo mundo. Mais de 40 ministérios; mais de 30 mil cargos de confiança, etc.
          O ano de 2015, terminou-se com uma série de manchetes preocupantes; queda do PIB, Alta da Inflação, Desvalorização do Real, Possibilidade de Impeachment, Rebaixamento da nota de crédito do Brasil por duas agências internacionais de avaliação de riscos. Como se não bastasse a crise econômica, vimos também o agravamento da crise política.
          Ao início do ano legislativo de 2016, verificou-se uma movimentação, no mínimo, preocupante. As propostas de reajuste fiscal do governo são pífias e não despertaram a confiança dos investidores nacionais nem estrangeiros. Não há vontade política do governo para cortar gastos, sobretudo gastos inúteis, como o Programa Mais Medico, e outros. Por outro lado, o MST, na pessoa do seu chefe Stedile, declarou para toda Mídia, que está mobilizado para pegar em armas, caso processo de impeachment se concretize, inclusive deu conta do efetivo que já está em estado de alerta. O Presidente da CUT fez o mesmo.
            O ex presidente Lula, na manifestação que comandou em frente a Petrobras, no Rio de Janeiro, já havia manifestado a possibilidade de sua militância pegar em armas. Agora foi o filho de Lula que afirmou; se prenderem o pai botará fogo no Brasil. Outra coincidência, foram as visitas de Evo Morales, presidente da Bolívia e da Chanceler Venezuelana representando o presidente Nicolas Maduro. Ambos, líderes do Fórum São Paulo, entidade que coordena e dita normas e orientação política para a implantação do comunismo bolivariano na América Latina.

     Será que ninguém vê os bons exemplos ao redor do mundo? Por esse caminho não haverá ajuste e a crise econômico-política e social se aprofundará ainda mais. Em outras palavras, o país continuará caminhando para o abismo. Então perguntamos, Onde está o Congresso Nacional? Onde está a oposição? Onde estão outras instituições que podem exigir do governo, uma correção de rumos? Será que está tudo podre? Parece que o governo quer mesmo é que a crise se aprofunde ainda mais. Não é possível que continue ignorando tantos exemplos que deram certo no resto do mundo. E, preciso que alguém faça alguma coisa, antes que seja tarde demais.

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