CLUBE DOS POETAS DE FORTALEZA Fundado em 6 de outubro de 2000
Acesso a internet em 12 de maio 2013
BARCO SEM RUMO
Aíla Vasconcelos
O navegar constante
sem porto ou paradas
buscando vencer
alta ondas revoltadas.
tempestade, vento uivante
luta insana, vela rasgada
ancorar, o barco errante
na rota não planejada
se perdeu a sua âncora
no nevoeiro sem bússola
aportou na solidão
de uma ilha isolada
mas o mar da fantasia
balança o ninar silente
levando-o entre ondas mansas
brisas frescas e sol poente
dirigindo-se nas andanças
pela branca lua crescente
na chegada das mudanças
cobrirá o sol ardente
com o manto da ilusão
sobre a terra decadente
e seremos a esperança
de um sonho adolescente
Os poetas brasileiros merecem a sua atenção. Adquira seus livros, divulgue seus versos. Principalmente aqui em Fortaleza.
PÔR - DO - SOL
Almir Gomes de Castro
Nepal do Ceará! Eu estou
presente.
Vendo um lindo
pôr-do-sol à frente,
emaranhado de teias
desenham...
Na mente a serra inerte;
que no compasso
passo a passo...
Mais que de repente!
Grito é som para a natureza
que duela moribunda.
de uma beleza tão grande
que até a dor se esconde e...
De tão prostituta a lua sobe
e o sol cai de vagabundo.
AS CURVAS DE EROS
Francisco Carvalho +
De repente nos damos conta
de que o rosto
foi comido pela solidão
fera insaciável,
De repente nos debruçamos
sobre o adeus
e os caminhos da infância expatriada.
De repente mastigamos
palavras amargas
palavras cujo sumo foi espremido
pelos dedos da morte.
De repente a mentira
põe os seus ovos de ouro em nossa algibeira.
de repente o coração
é uma serpente enroscada nas curvas de Eros
De repente o sexo
é uma palavra sem nexo.
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