A greve da Andes
A “chamada” da “maior de todas as greves” feita pelo ANDES-SN, hoje
aparelhado até as paredes pelo PSOL/PSTU/CONLUTAS parece nos remeter ao
mundo do Estado Islâmico, onde lideranças fundamentalistas enxergam o
inferno em terra e, a partir dessa visão apocalíptica, constroem cenários
bizarros.
Dizer que as instituições federais agonizam, demonstra o mais absoluto
desprezo pela verdade e enseja uma necessária aferição de como esses
“mulás revolucionários”, chegaram a tão estapafúrdia visão.
O fundamentalismo estatista do ANDES-SN não tem limites, e passam a girar
suas metralhadoras atingindo milhares de estudantes beneficiados pelo
PROUNI e FIES, programas que permitiram o acesso de pessoas sem recursos
às universidades. É uma visão estatista tresloucada e que só pode
arregimentar aqueles que advogam o tal do “marxismo vulgar”, ou a leitura
dogmática e pseudo-religiosa dos escritos desse gênio alemão.
O AANDES-SN diz negociar há mais de UM ANO, e o governo COMEÇOU a QUATRO
MESES. É como se nada tivesse mudado e esse governo que ai está seja o
MESMO que encerrou o mandato em 31 de dezembro de 2014. Ou engolimos essa
tese maluca, aceitando que tá tudo igual ao ano passado, ou temos que
imaginar a cretinice de tal argumento.
Agora, a pauta do ANDES-SN deveria envergonhar quaisquer militante da
extrema-esquerda, pela sua extrema importância com o nada
Apontar como pauta “defesa do caráter público da universidade”; condições
de trabalho”; e “garantia de autonomia”, é abusar da paciência de qualquer
pessoa minimamente informada. São pautas gerais, mas tão gerais que passam
longe do que a categoria esperaria de uma representação sindical. Parece
mais uma reivindicação de um grêmio estudantil.
Mas é na proposta de reestruturação da carreira que o ANDES-SN se supera.
Ele simplesmente NEGA a existência do acordo de 2012, que foi obrigado a
engolir depois de se recusar a assinar. Nega a existência do EBTT, o que é
mais ridículo ainda, mantendo uma visão anacrônica de uma universidade
desenhada para o século XX.
Os incautos que aceitam esse “mundo andesiano”, vão se decepcionar com a
realidade que o cerca, pois as universidades federais brasileiras, mesmo
com todas as dificuldades, cresceu muito nos últimos anos e o apocalipse
anunciado pelos servos de NostradANDES”, mais uma vez não virá.
Francisco Wellington Duarte
Professor do Departamento de Economia da UFRN
Chefe do Departamento de Economia da UFRN
Doutor em Ciência Politica pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências
Sociais (PPGCS) da UFRN
Vice-presidente do ADURN-SINDICATO
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