DIPLOMA DO MÉRITO CULTURAL CONFERIDO AO ACADÊMICO JOSÉ DE SOUZA ALENCAR
Recife, em 06
de outubro de 2011
Há muito que a
Academia Pernambucana de Letras se cobrava, meu caro amigo, distinto escritor e insigne acadêmico, José de Souza
Alencar, uma maneira de homenagear-te
pelos assinalados serviços que tens
prestado à cultura pernambucana e muito especialmente à Casa de Carneiro Vilela. Como
jornalista pontificas com um estilo que aprimoraste ao longo do tempo, marca do
cronista original, criador de uma inconfundível maneira de dizer as coisas. Com
isto referendas e enalteces a própria Academia, que é feita do somatório dos
valores individuais de seus pares.
Pontuas a vida intelectual e artística de Pernambuco incentivando valores,
descobrindo vocações. Tiras do anonimato artistas, revelas poetas novos. Lanças
escritores. A sobriedade conceitual das
tuas opiniões gera o acatamento e prestígio da
crítica do ilustre acadêmico. No
dia 31, o lançamento de mais um livro, “Ao lado o Arcanjo”.
Zeloso pelo
patrimônio arquitetônico da cidade tens te destacado em campanhas memoráveis
para a restauração de prédios antigos, igrejas e logradouros, para que o
Recife não perca suas características e conserve a sua historicidade.
Especial
carinho e atenção dedicas a esta Academia. Enfrentas, vezes seguidas, por isso
mesmo, situações desconfortáveis,
descasos, indiferenças e incompreensões. A Academia te é agradecida pela
tua combatividade e persistência.
Academia da qual és o arauto e voz, divulgando todas as suas
iniciativas, eventos, projetos e necessidades, defendendo os interesses, a
conservação, manutenção, a reativação da
nossa imensa e rara biblioteca, patrimônio
do povo de Pernambuco, para que possa
ser disponibilizada e aberta à comunidade, sua legítima, final e natural
destinação.
Deste modo me
encontro com Lacordaire, quando confessa em íntima revelação: “eu não envelheci; eu conheci numerosas juventudes sucessivas!” Que continuem a acontecer,
pois eu
renasço cada dia.
Abro, de
memória, o jornal e encontro em admirável crônica do acadêmico José de Souza
Alencar, a confissão: “eu tenho a idade
da minha alegria”.
Pois é esta
alegria que se confunde e expressa a idade que me faz intemporal e feliz. O
direito de ser jovem e não a obrigação de ser velho.
Por todas
estas razões a APL se sente honrada em
ter-te como integrante do
seu corpo acadêmico. É ao intelectual
brilhante e ao homem em toda a sua inteireza que a APL rende seu preito de admiração e a sua homenagem.
Como bem
sabes, eminente amigo e confrade, José de Souza Alencar, esta Diretoria da
APL é consensual, compartilhada e
co-presidida por todos os acadêmicos. Em inúmeras e recentes oportunidades isto
tem sido demonstrado. Por isso recebe de
todos os acadêmicos, como se recebesses de cada um em particular, o Diploma e a Medalha do Mérito Cultural, que
são pela primeira vez outorgados,
que entrego em nome da Academia.
Waldenio Porto
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