Na Hipocrisia do mundo você se descobre,
e, se encontra, quando vive um grande amor
Vicente Alencar

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

DIPLOMA DO MÉRITO CULTURAL CONFERIDO AO ACADÊMICO JOSÉ DE SOUZA ALENCAR

DIPLOMA DO MÉRITO CULTURAL CONFERIDO AO  ACADÊMICO JOSÉ DE SOUZA ALENCAR
                 Recife,  em  06 de outubro de 2011

Há muito que a Academia Pernambucana de Letras se cobrava, meu caro  amigo, distinto  escritor e insigne acadêmico, José de Souza Alencar, uma maneira de  homenagear-te pelos assinalados serviços que  tens prestado à cultura pernambucana  e muito  especialmente à Casa de Carneiro Vilela. Como jornalista pontificas com um estilo que aprimoraste ao longo do tempo, marca do cronista  original, criador de uma  inconfundível maneira de dizer as coisas. Com isto referendas e enalteces a própria Academia, que é feita do somatório dos valores individuais de seus pares.  Pontuas a vida intelectual e artística de Pernambuco incentivando valores, descobrindo vocações. Tiras do anonimato artistas, revelas poetas novos. Lanças escritores. A sobriedade  conceitual das tuas opiniões gera o acatamento e prestígio da  crítica do ilustre acadêmico.  No dia 31, o lançamento de mais um livro, “Ao lado o Arcanjo”.  
Zeloso pelo patrimônio arquitetônico da cidade tens te destacado em campanhas memoráveis para a restauração de prédios antigos, igrejas e logradouros, para que o Recife  não perca suas características e  conserve a sua historicidade.
Especial carinho e atenção dedicas a esta Academia. Enfrentas, vezes seguidas, por isso mesmo, situações desconfortáveis,  descasos, indiferenças e incompreensões. A Academia te é agradecida pela tua combatividade e persistência.  Academia da qual és o arauto e voz, divulgando todas as suas iniciativas, eventos, projetos e necessidades, defendendo os interesses, a conservação, manutenção, a reativação da  nossa imensa  e rara biblioteca, patrimônio do povo de Pernambuco, para que  possa ser disponibilizada e aberta à comunidade, sua legítima, final e natural destinação.
Deste modo me encontro com Lacordaire, quando confessa em íntima revelação: “eu  não envelheci;  eu conheci numerosas juventudes  sucessivas!” Que continuem a acontecer, pois  eu  renasço cada dia.
Abro, de memória, o jornal e encontro em admirável crônica do acadêmico José de Souza Alencar,  a confissão: “eu tenho a idade da minha alegria”.
Pois é esta alegria que se confunde e expressa a idade que me faz intemporal e feliz. O direito de ser jovem e não a obrigação de ser velho.
Por todas estas razões a APL se sente honrada em  ter-te   como integrante do seu  corpo acadêmico. É ao intelectual brilhante e ao homem em toda a sua inteireza que a APL  rende seu preito de admiração e a sua  homenagem.
Como bem sabes, eminente amigo e confrade, José de Souza Alencar, esta Diretoria da APL  é consensual, compartilhada e co-presidida por todos os acadêmicos. Em inúmeras e recentes oportunidades isto tem sido demonstrado. Por isso recebe  de todos os acadêmicos, como se recebesses de cada um em particular, o  Diploma e a Medalha do Mérito Cultural, que são pela primeira vez  outorgados, que  entrego em nome da Academia.

                                                           Waldenio Porto

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