Na Hipocrisia do mundo você se descobre,
e, se encontra, quando vive um grande amor
Vicente Alencar

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

HINOS

                           

HINO NACIONAL BRASILEIRO

Letra: Joaquim Osório Duque Estrada

Música: Francisco Manuel da Silva

 

Parte I

 

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas

De um povo heróico o brado retumbante,

E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,

Brilhou no céu da pátria nesse instante.

Se o penhor dessa igualdade

Conseguimos conquistar com braço forte,

Em teu seio, ó liberdade,

Desafia o nosso peito a própria morte!

Ó Pátria amada,

Idolatrada,

Salve! Salve!

Brasil, um sonho intenso, um raio vívido

De amor e de esperança à terra desce,

Se em teu formoso céu, risonho e límpido,

A imagem do Cruzeiro resplandece.

Gigante pela própria natureza,

És belo, és forte, impávido colosso,

E o teu futuro espelha essa grandeza.

Terra adorada,

Entre outras mil,

És tu, Brasil,

Ó Pátria amada!

Dos filhos deste solo és mãe gentil,

Pátria amada,

Brasil!

Parte II

 

Deitado eternamente em berço esplêndido,

Ao som do mar e à luz do céu profundo,

Fulguras, ó Brasil, florão da América,

Iluminado ao sol do Novo Mundo!

Do que a terra, mais garrida,

Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;

"Nossos bosques têm mais vida",

"Nossa vida" no teu seio "mais amores."

Ó Pátria amada,

Idolatrada,

Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símbolo

O lábaro que ostentas estrelado,

E diga o verde-louro dessa flâmula

- "Paz no futuro e glória no passado."

Mas, se ergues da justiça a clava forte,

Verás que um filho teu não foge à luta,

Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Terra adorada,

Entre outras mil,

És tu, Brasil,

Ó Pátria amada!

Dos filhos deste solo és mãe gentil,

Pátria amada,

Brasil!

 

Hino do Estado do Ceará-Letra

 

Letra: THOMAZ POMPEU LOPES FERREIRA

Música: ALBERTO NEPOMUCENO

 

Terra do sol, do amor, terra da luz!

Soa o clarim que a tua glória conta!

Terra, o teu nome, a fama aos céus remonta

Em clarão que seduz!

- Nome que brilha, esplêndido luzeiro

Nos fulvos braços de ouro do cruzeiro!

 

Mudem-se em flor as pedras dos caminhos!

Chuvas de prata rolem das estrelas...

E, despertando, deslumbrada ao vê-las,

Ressoe a voz dos ninhos...

Há de aflorar, nas rosas e nos cravos

Rubros, o sangue ardente dos escravos!

 

Seja o teu verbo a voz do coração,

- Verbo de paz e amor, do Sul ao Norte!

Ruja teu peito em luta contra a morte,

Acordando a amplidão.

Peito que deu alívio a quem sofria

E foi o sol iluminando o dia!

 

Tua jangada afoita enfune o pano!

Vento feliz conduza a vela ousada;

Que importa que teu barco seja um nada,

Na vastidão do oceano,

Se, à proa, vão heróis e marinheiros

E vão, no peito, corações guerreiros?!

 

Sim, nós te amamos, em ventura e mágoas!

Porque esse chão que embebe a água dos rios

Há de florar em messes, nos estios

Em bosques, pelas águas!

Selvas e rios, serras e florestas

Brotem do solo em rumorosas festas!

 

Abra-se ao vento o teu pendão natal,

Sobre as revoltas águas dos teus mares!

E, desfraldando, diga aos céus e aos ares

A vitória imortal!

Que foi de sangue, em guerras leais e francas,

E foi, na paz, da cor das hóstias brancas!

 

Hino do município de Fortaleza

Letra por Gustavo Barroso

Melodia por Antônio Gondim

 

Junto à sombra dos muros do forte

A pequena semente nasceu.

Em redor, para a glória do Norte,

A cidade sorrindo cresceu.

No esplendor da manhã cristalina,

Tens as bênções dos céus que são teus

E das ondas que o sol ilumina

As jangadas te dizem adeus.

 

Fortaleza! Fortaleza!

Irmã do Sol e do mar,

Fortaleza! Fortaleza!

Sempre havemos de te amar

 

O emplumado e virente coqueiro

Da alva luz do luar colhe a flor

A Iracema lembrando o guerreiro,

De sua alma de virgem senhor.

Canta o mar nas areias ardentes

Dos teus bravos eternas canções:

Jangadeiros, caboclos valentes,

Dos escravos partindo os grilhões.

 

Fortaleza! Fortaleza!

Irmã do Sol e do mar,

Fortaleza! Fortaleza!

Sempre havemos de te amar

 

Ao calor do teu sol ofuscante,

Os meninos se tornam viris,

A velhice se mostra pujante,

As mulheres formosas, gentis.

Nesta terra de luz e de vida

De estiagem por vezes hostil,

Pela Mãe de Jesus protegida,

Fortaleza és a Flor do Brasil.

 

Fortaleza! Fortaleza!

Irmã do Sol e do mar,

Fortaleza! Fortaleza!

Sempre havemos de te amar

 

Onde quer que teus filhos estejam,

Na pobreza ou riqueza sem par,

Com amor e saudade desejam

Ao teu seio o mais breve voltar.

Porque o verde do mar que retrata

O teu clima de eterno verão

E o luar nas areias de prata

Não se apagam no seu coração.

 

Fortaleza! Fortaleza!

Irmã do Sol e do mar,

Fortaleza! Fortaleza!

Sempre havemos de te amar

 

HINO DO ESTUDANTE CEARENSE

Letra: Filgueiras Lima

Música: Sílva Novo

 

I - CORO

Ideal grandioso e puro,

Ilumina o nosso afã

pelo Ceará do futuro

pelo Brasil de amanhã.

 

II

È chegado o momento da luta,

Mocidade vibrante e viril,

Este brado de angústia se escuta;

vinde, jovens, salvar o Brasil.

 

III

Pelejemos em prol da instrução,

Estudantes, patriotas em flor,

na batalha em que o livro é clarão,

quem mais sabe será vencedor.

 

IV

Antes os mares revoltos e fortes,

sob os céus estrelados e azuis

marcharão nossas rijas coortes,

aureoladas de glória e de luz.

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