Caros confrades de ideal espírita!
Como e por onde significar nossa perplexidade, repartidos entre a indignação e o espanto, entre a esperança e tantos pressentimentos? Todos somos herdeiros da História. De um Doce Rio que morre, do sangue em Paris, dos labirintos do terror em Bruxelas e dos sobreviventes de Lampedusa. Esse é o mundo em que nos toca viver? Viver ante o calvário dos que fogem de uma pátria “dominada por estranhas hierarquias, por facções tatuadas com o signo da maldade”? Dos que se afogam num “oceano de migrantes” e transitam pelos campos de nações alheias, já sem pátria, sem lar e sem cidadania?
Como sonhar ainda com uma aldeia global, com um mundo regenerado ante essa “alarmante geografia de lágrimas? Eis um tempo inquietante: o mundo que nos toca viver. Mas quem defenderá a trincheira da decência? Até quando suportaremos tanta ignomínia? Como descrever o enredo do futuro e saber que temos que perseverar, perseverar sempre porque “é imprescindível sustentar a vida para que os filhos da esperança possam respirar sua beleza.”?
Indignação, inquietude, pressentimentos e esperança é o que quero partilhar convosco neste poema.
Saúde e paz..., Manoel
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