COMENTÁRIO GEOPOLÍTICO 203
Gelio Fregapani
Ex-agente do SNI e da Abin Exímio conhecedor da Amazônia, é um dos ideólogos das táticas militares para proteção da floresta. Na Abin, trabalhou contra a decisão do governo de demarcar a reserva Raposa-Serra do Sol (RR). É suspeito de ensinar técnicas de guerrilha aos arrozeiros que prometem resistir.
Sabotagem na Economia - Grandes empresas estão deixando o país. Lojas, montadoras e multinacionais já fecharam as portas no Brasil. Investidores americanos já retiraram bilhões de dólares do Brasil e outros da Europa tambem fazem o mesmo.Um dos piores cenários está se concretizando: O “Estabelecimento” ou seja a oligarquia financeira internacional desencadeia as medidas eficazes para quebrar a economia do nosso País. As multis aceleram envio de dólares para matrizes. Nos últimos oito anos chegou a US$ 171,3 bilhões, expressivo peso nas contas externas do país que, ao elevar o déficit da balança de transações correntes, faz aumentar a dependência do país de capitais estrangeiros, produtivos ou especulativos, necessários para fechar as contas externas.
As remessas de lucros e dividendos chegaram a responder por 95% do déficit e permanecem em níveis consideráveis, mas agora somam-se a um novo fator:. Estrangeiros e brasileiros ricos tiram seus capitais do País.A fuga de capitais pode ser explicada em parte pela falta de segurança jurídica proporcionada pelo avanço do socialismo, mas parece ser também orquestrada intencionalmente pelo “Estabelecimento” financeiro. Bancos orientam clientes a não reeleger Dilma para não perderem dinheiro. O Santander enviou neste mês (julho) aos seus clientes de alta renda um texto afirmando que o eventual sucesso eleitoral da Dilma irá piorar a economia do Brasil, o que deve ser verdade em função das sabotagens à economia que procurarão fazer. Sob este aspecto um governo da atual oposição será vantajoso se não desnacionalizar a economia no modelo FHC.
O Santander é o maior banco estrangeiro em atuação no Brasil. Nominalmente espanhol, é majoritariamente britânico. Em 2000, comprou o Banespa, o antigo banco estatal que pertenceu ao governo paulista, pelo que foi publicado, por um dólar apenas.
Indianismo, o perigo maior - O inimigo divide para vencer. Por obra das ONGs e sua aliada Funai não somos mais a decantada fusão das raças branca, negra e indígena. Hoje temos toda uma quinta-coluna promovendo nossa divisão em grupos: índios e quilombolas com direito a extensos territórios próprios, à custa da expulsão dos proprietários legais e produtivos. Pior, juridicamente já pode haver a secessão de territórios indígenas, pois passou o prazo. A Convenção 169 da OIT, o primeiro passo para a independência das “nações” indígenas, em seus termos, poderia ser denunciada até 24 de julho de 2014, ou somente depois de mais dez anos. Dilma não ousou enfrentar a pressão das ONGs e deixou passar o prazo. Agora, se quisermos recuperar (juridicamente) a nossa unidade territorial teremos que quebrar o nosso compromisso. Isso exigiria mais coragem do que pode existir nos candidatos. Dilma, que não teve coragem nem quando era fácil, perdeu com isto o único apoio leal que ainda tinha – o dos nacionalistas. Agora só lhe resta o dos aproveitadores e dos corruptos que temem a mudança e a punição. Não pensem, por isto, que os demais sejam obrigatoriamente melhores.
Que Deus nos ajude a manter o nosso Brasil inteiro
Gelio Fregapani
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