Caridade
Os sentimentos de solidariedade e amor com vista à busca da felicidade e ao propósito da vida são muito importantes. Por outro lado, o ódio, a falsidade, a inveja e a ambição, dentre outros, são comportamentos incompatíveis com uma existência saudável. Ademais, é mediante a oração e a meditação que se encontram estados mentais positivos e se afastam os negativos. O que somos é consequência do que pensamos. O que alcançamos decorre de nossa fé em Cristo e da força da esperança. Como seria bom se nos dias de hoje os líderes mundiais e as pessoas que decidem e formam opinião, seguissem o pensamento de São Francisco (mensageiro da paz e da humildade). Com certeza, Francisco analisou e debateu a religião, a civilização, e a sociedade observando os valores espirituais e materiais. Sempre valorizou o diálogo, principalmente, mediante as palavras simples, o amor de Deus, a caridade, a cautela nos julgamentos, a firmeza nas resoluções, a fidelidade nas obrigações, humildade e a sabedoria. Sem dúvida, poderíamos afirmar que os direitos individuais se baseariam no princípio da liberdade, enquanto os direitos sociais seriam alicerçados na igualdade de oportunidades. A violência em todas suas formas- como o desemprego, a fome, a corrupção, o analfabetismo, a discriminação, a indiferença- leva a sociedade a um clima de perplexidade e apatia, motivando mais violência, mais injustiça e mais supervalorização dos bens materiais, o que conduz à constituição de famílias desajustadas, onde a admiração e o respeito foram substituídos, muitas vezes, pela falta de amizade, de carinho e de compreensão. “É nos momentos de infortúnio que se pode confiar nos pais. Nossos pais nos amam porque somos seus filhos, e este é um fato inalterável”, assim disse Bertrand Russel (1872-1970). Acreditamos, ainda, ser a caridade a mais significativa das três virtudes teologais (fé, esperança e caridade), pois nela está implícito o amor a Deus e ao próximo. P.S.- Conforme Marcel Proust, “O amor é o espaço e o tempo tornados sensíveis ao coração” e “A medida do amor é amar sem medida” (Santo Agostinho); “Cada qual sabe amar a seu modo, o modo pouco importa, o essencial é que saiba amar” (Machado de assis).
Gonzaga Mota
Prof. aposentado da UFC
luizgmota@yahoo.com.br
14/10/2022
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