Na Hipocrisia do mundo você se descobre,
e, se encontra, quando vive um grande amor
Vicente Alencar

domingo, 23 de setembro de 2012

ANDANDO PELA BARÃO Vicente Alencar


ANDANDO PELA BARÃO
Vicente Alencar (Presidente da UBT-Fortaleza)
Um passeio de saudade, por minha cidade amada, foi o que fiz ontem à tarde. Estava passeando das quatro e meia e, depois de um engraxada nos sapatos, com o Pirrita, na Praça do Ferreira, resolví caminhar pelas ruas, alí pertinho. Sem contas a pagar e sem relógios a esperar. Foi por isso que deu certo.
Pela Barão do rio Branco, no antigo “quarteirão sucesso da cidade”, como afirmava a publicação, não encontrei mais a Aba Film, alí pertinho do Diogo – antigo grande cinema – dando-me uma saudade danada de sua vitrina com mulheres bonitas, todas moças bem nascidas e, de algumas Misses cujos concursos, no seu grande período, envolvia toda a cidade. Existiam as transmissões de rádio, pela velha PRE-9 e todos acompanhavam felizes àquelas belas.
Não ví, também, A Cearense, uma loja que fez a alegria das belas mulheres e acelerava os bolsos dos maridos, pois, ainda não tínhamos o dinheiro de plástico.
Fui caminhando, a cabeça lembrando e, olho para o outro lado da rua, e me pergunto:
- Cadê o Foto Sales?
Não o vejo mais. Mergulhou nas veredas do tempo e, quem não prestou atenção, nem lembra mais da sua existência.
Por final, do outro lado, os “fundos do São Luís” também desapareceram. O pomposo edifício que dominava uma boa parte do quarteirão, tanto de frente como de fundos, trazia, em grande estilo, os cartazes em destaque, de toda a programação que teríamos nos próximos dias. Você acompanhava com facilidade a programação, de domingo a domingo. Podia até passar com pressa, que não tinha problema nenhum. Dava para identificar. Nós tínhamos 7 espécies de janelas no prédio. Na verdade eram 7 vitrinas, que nos davam todas as informações. À noite até parecia um fiteiro dos bares antigos. Iluminado por lâmpadas amarelas e fluorescentes, possibilitando um jogo que, anos depois seria muito comum em qualquer lugar.
Vou ficar por aqui, não vou mais falar mais nada a respeito daquele quarteirão, que milhares de cearenses conhecem muito bem. Muitos ainda lembram empapos agradáveis. Um dia desses nem almoço sabático do Náutico, acompanhando de amigos, nos lembramos de muita coisa.
Poderia até falar de outros locais, do Tops, da Cabana ou, mesmo, do Magazine Sucesso. Mas, por hoje é só.

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