Uma Trova de Ademar
Uma Trova Nacional
Conhaque no aperitivo,
conhaque na sobremesa...
- É assim que o velhinho, ativo,
mantém a velinha acesa!
–A. A. de Assis/PR–
Uma Trova Potiguar
Certas coisas eu renego,
como esta, aqui, de que trato:
dizer-se que o amor é cego.
Pode ser. Mas tem um tato!
–J. Revoredo Neto/RN–
Uma Trova Premiada
À pergunta: - Qual andar?
Responde o pinguço, a esmo:
- Onde quiser me levar;
já errei de prédio mesmo!
–Therezinha Brisolla/SP–
...E Suas Trovas Ficaram
Vende-se loira estupenda...
bonita, nova, um amor!
Quanto ao motivo da venda...
explica-se ao comprador.
–Nelson da Luz/PR–
U m a P o e s i a
Já vi bebum vomitando,
tira-gosto “véi” azedo,
já vi vomitar, sem medo,
a mulher prenha enjoando.
Já vi cachorro “lançando”
um gabiru que comeu.
Vi diabético amigo meu,
vomitando rapadura...
Mas nunca vi sepultura
vomitando quem morreu!
–Francisco Macedo/RN–
Soneto do Dia
FOI DELE A SORTE.
–Dorothy Jansson Moretti/SP–
Genoveva, uma negra solteirona,
quase banguela e bem desengonçada,
apesar de feiosa e cinquentona...
de repente a notícia: Está casada!
E o noivo?! Um ruivascão bem apanhado,
uns vinte anos mais moço, com certeza...
Fato esquisito e tão disparatado
causa na vila uma enorme estranheza.
Diz à negra um compadre malicioso:
“Poxa, Nha Véva, que eu já tô curioso;
mecê achou um rapagão tão alinhado...”
E ela, vaidosa, arreganhando um dente:
“Pois é... tinha um montão de pretendente,
mas a sorte foi dele... tá premiado!”
Nenhum comentário:
Postar um comentário